Retratos da Escola
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Retratos da Escola, é uma publicação da Escola de Formação (Esforce) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A concepção da revista marca a concretização de um importante projeto da CNTE: a produção de um canal que, ao permitir o diálogo direto entre a instituição e os sujeitos atuantes no setor educacional, produzisse um ambiente propício à reflexão da realidade social da educação pública no país.
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- ItemNão à militarização das escolas(2023) COMITÊ EDITORIALA primeira publicação deste ano de 2023 oferece o dossiê Militarização das escolas públi-cas no Brasil: tensões e resistências (v. 17, n. 37), que tem como ponto central a concepção de que é fundamental desmilitarizar as escolas para salvar a educação pública e a demo-cracia. As professoras Catarina de Almeida Santos, Miriam Fábia Alves e Andréia Mello Lacé, estudiosas da temática, não pouparam esforços na organização desta publicação, reunindo contribuições importantes voltadas à discussão do preocupante panorama edu-cacional. Conforme nos demostram as organizadoras e os textos que compõem o dossiê, o processo de militarização das escolas públicas vinha se desenvolvendo no país, mas tal situação ganhou outros contornos após a eleição de Jair Bolsonaro.
- ItemDas cirandas aos quartéis: expansão da militarização das escolas públicas no Tocantins.(2023) SOUSA, Jefferson Soares de; OLIVEIRA, Denise Lima deEste trabalho é resultado de uma pesquisa em desenvolvimento à luz do Ciclo das Políticas Públicas, com a finalidade de conhecer o processo da militarização das escolas públicas no Tocantins. A militarização das escolas públicas tem se expandido de maneira interligada ao avanço das ideias neoconservadoras da extrema-direita. No Tocantins, os índices de violência são incompatíveis com o argumento da militarização das escolas como estratégia para conter o aumento da criminalidade, mas verifica-se a expansão desse modelo nas redes de ensino estadual e municipal de Palmas. Foi identificado como o processo de expansão da militarização dessas escolas fere os preceitos de gestão democrática e levantado possíveis impactos nos resultados educacionais, como a queda no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de algumas das escolas militarizadas.
- ItemFuncionários/as da Educação: a luta por reconhecimento social e valorização profissional continua na CNTE e nos sindicatos de base afiliados.(2023) DIRETORIA EXECUTIVA DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
- ItemSaberes de um educador e pesquisador: política e gestão educacional(2023) SOUZA, Allan SolanoO livro Trajetória e escritos de um educador: reflexões sobre política e gestão educacio-nal narra o trabalho de Antônio Cabral Neto, educador e pesquisador que, ao longo de mais de trinta anos, se dedica a prática e estudos no campo da educação brasileira, desde a educação básica, passando pelo ensino superior, até a pós--graduação. Os saberes que sustentam esse trabalho estão carregados de marcas da sua atividade pessoal e da sua atuação profissional. O prestigiado professor possui gradu-ações em Pedagogia e Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; seu mestrado em Educação foi realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e o doutorado em Educação ocorreu na Universidade de São Paulo – USP, ambos no contexto turbulento da ditadura civil-militar no Brasil. Já os estudos de pós-doutorado ocorreram na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
- ItemInfâncias, Crianças e Educação Infantil do e no Campo(2023) VIEIRA, Daniele Marques; VIEIRA, Emilia Peixoto; LEAL, Fernanda de Lourdes AlmeidaEsta Seção Temática apresenta o tema Infâncias, Crianças e Educação Infantil do e no Campo, enquanto campo de estudos que almeja produzir conhecimento sobre sujeitos/as, direitos e modos de vida de crianças que residem nos territórios rurais do país, evidenciando questões atuais que os atravessam; e levar adiante o processo de construção da agenda política e conceitual para a Educação Infantil do e no Campo, iniciada pelo Grupo de Trabalho instituído em 2010 e continuada pela primeira pesquisa nacional, entre 2011-2012. A pesquisa aprofundará questões colocadas no enfrentamento desse contexto, considerando aspectos históricos, políticos, pedagógicos, além da interlocução entre Grupos de Pesquisa que investigam as infâncias e os direitos das crianças do campo, ribeirinhas, quilombolas, das águas e das florestas à Educação Infantil como dever do Estado.
- ItemOferta do Profuncionário: a experiência do Instituto Federal de Goiás.(2023) PEREIRA, Helen; SILVA, Ruth Aparecida Viana da; AZARA FILHO, Milton Ferreira deToda política voltada para a formação de trabalhadores/as da educação básica encontra-se vinculada a sujeitos/as concretos/as, pertencentes a um contexto histórico no qual concepções de educação e trabalho se articulam a objetivos específicos. A formação inicial e continuada de funcionários/as da educação foi referendada pelo Decreto nº 8.752, de 9 de maio de 2016, instituindo a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. Entendendo que a formação é condição sine qua non para a valorização de funcionários/as, o presente texto apresenta as experiências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás com o Programa Profuncionário. Dada sua importância e abrangência para formação, reconhecimento e valorização da categoria, enfatiza-se a necessidade de endossar a luta por valorização e efetivação de políticas de formação inicial e continuada que contemplem as áreas de atuação de trabalhadores/as no espaço escolar.
- ItemEducação do/no campo: experiências multiterritoriais e as especificidades das infâncias(2023) FREITAS, Maria Natalina Mendes; TOUTONGE, Eliana Campos Pojo; SANTOS, Maria Walburga dosO artigo apresenta o movimento de articulação entre duas pesquisas sobre Educação Infantil do/no campo na Região Norte, considerando as especificidades das crianças e a singularidade de suas experiências e conhecimentos a partir de marcadores que as atravessam (território, raça, etnia, classe social, idade, gênero). Trazemos, metodologicamente, um estado do conhecimento com mapeamento de produções recentes do Norte do país entre 2010 e 2020. Em seguida, adentramos no cotidiano de uma comunidade situada em espaços interáguas: território quilombola rio Tauerá-Açú, na qual a etnografia nos coloca a par da vida das crianças. Na interface dos estudos e no diálogo com as referências, reafirmamos que é necessário compromisso político, social e ético no atendimento às demandas que envolvem a educação na escola da infância do/no campo, considerando suas experiências e práticas pedagógicas que dialoguem e reconheçam os conhecimentos e saberes de seus contextos.
- Itemducação Infantil das Crianças do Campo, das Águas e das Florestas: pertencimento, pluralidade e singularidade(2023) SILVA, Ana Paula Soares da; BARBOSA, Maria Carmen SilveiraNa constituição da educação infantil de crianças do campo, das águas e das florestas, um conjunto de problematizações apresentadas por movimentos sociais e sindicais do campo passou a compor a pauta governamental federal a partir de 2008 (interrompida de 2016 a 2022, sem ter se consolidado). Muitos problemas se agravaram e outros demandam desdobramentos teórico-práticos para a construção de uma educação infantil na perspectiva das crianças e comprometida com suas realidades. Este artigo explora três condicionantes para formação, gestão e prática pedagógica: reconhecimento das continuidades e descontinuidades rural-urbano; incorporação da dimensão espacializada/territorializada das infâncias; construção teoria/prática evidenciando a pluralidade de territórios e a singularidade das infâncias. Há que se considerar a tríade escola-território-pertencimento, convocando creches e pré-escolas a se distanciarem de práticas concorrentes com o pertencimento da criança e a promoverem a interação dialógica de saberes interpenetráveis na mediação de conhecimentos e direitos universais e locais.
- ItemA (des)consideração de funcionários/as da educação básica nas produções científicas: uma discussão a partir do conceito de divisão social do trabalho.(2023) ESQUINSANI, Rosimar Serena Siqueira; CRUZ SOBRINHO, SidineiAo constatar o relativo silenciamento da academia em relação a funcionários/as da educação básica pública, este texto objetiva problematizar o conceito de divisão social do trabalho, a partir da obra de Karl Marx, para discutir sujeitos/as, papéis e lugares no cotidiano laboral da educação básica. Demonstra-se empiricamente a escassa produção científica com discussões sobre funcionários/as da educação básica, num corpus de pesquisa teórica combinado com revisão bibliográfica de levantamentos realizados na SciELO – Scientific Electronic Library Online e nos Anais dos Simpósios da Associação Nacional de Política e Administração da Educação – ANPAE. O caráter periférico ou alegórico que funcionários/as representam na maioria dos textos permite inferir que o tema não exerce centralidade em parte da produção científica. Concluímos com uma provocação: estaria o conceito de divisão social do trabalho reverberando na produção científica quando dedicada aos estudos sobre o trabalho na educação básica?
- ItemEra uma casa muito engraçada: a persistência da educação rural multisseriada em Japi/RN(2023) SOARES, André de SouzaAtravés de uma narrativa que pode ser amargosa como as tantas juremas que recobrem a paisagem da região do Trairi/RN, este texto narra experiências e busca aguçar sentimentos e pensamentos sobre as escolas rurais isoladas e precárias, imersas numa bruma silenciosa. Foram mobilizadas imagens, falas de docentes, suas criações, toques e gestos que clamam por ação, reação e visibilidade. Destaca-se aqui o funcionamento da educação rural em quatro escolas de anos iniciais no contexto pós-pandemia da Covid-19 (2021-2022), num quadro preocupante diante das estratégias de recuperação mobilizadas por educadores/as nos últimos dois anos: o paradigma multisseriado. O levantamento de dados transcorreu durante pesquisa de mestrado profissional em ensino de História, buscando construir um produto educacional que compunha a parte propositiva da dissertação.
- ItemDevir-Pele: performances que rasuram currículos(2023) JUSTINIANO, Ana Carolina; FERRAÇO, Carlos EduardoEste artigo pensa a performance no campo da educação como invenção de um currículo cujas criações fazem surgir uma nova pele e se constituem como efeitos das insurreições que desfazem versões oficiais. Discute a possibilidade de trazer a criação como pele, forjando existências fugidias e provisórias, e problematiza performances cotidianas como processos marcados pela infinitude imanente à vida, com o intuito de ventilar o pensar sobre currículos nos cotidianos. Explora criações e movimentos que rasuram o currículo de uma escola pública pela performance como pele criada, como lugar de desdobramento e criação. Os movimentos desta pesquisa cartográfica evidenciam nascedouros e movimentos criantes de uma escola pública de Ensino Médio de Serra, na Grande Vitória. As performances cotidianas se fazem quando seus movimentos desafiam a representação imposta à educação por vias políticas estranguladoras e ressalta a força política da escola pública na criação de performances que se inventam em diversos contextos, potencializando a criação como forma de resistir coletivamente.
- ItemBNCC no cotidiano escolar: política educacional e a percepção docente do município de Marialva/PR(2023) VASCONCELOS, Carolina de Moura; MARTINELI, Telma Adriana PacificoO estudo analisa as relações entre a política educacional curricular da Base Nacional Comum Curricular – BNCC e as percepções de professores/as de Educação Física do município de Marialva/PR. A análise ocorreu por meio de pesquisa de campo com 12 professores/as e a coordenadora de Educação Física do município, para a qual utilizamos entrevista semiestruturada, formação e questionário. O método de análise foi o materialismo histórico, buscando apreender a percepção docente das políticas educacionais local e a nacional e suas implicações no contexto educacional. Os/As professores/as expressaram uma aproximação de suas ações com a BNCC, mas o momento formativo desta pesquisa provocou um distanciamento entre o documento e a esfera de atuação política e docente nas escolas do município, tanto na organização dos conteúdos quanto no ensino. Conclui-se que é uma relação conflituosa, pois as determinações da BNCC não expressam a realidade do município, reflexo de um processo de elaboração antidemocrático.
- ItemEstética, política e currículo com Jean-François Lyotard(2023) OLIVEIRA, Anderson Ignacio; LOPES, Alice CasimiroInspirados pelo pensamento de Jean-François Lyotard, tratado como um caso exemplar da condição pós-moderna, defendemos neste artigo que a opção do autor pela defesa das singularidades e da diferença não significa abandono da política. Diferentemente, por meio da noção de sublime, central na peregrinação, sem início ou fim, na tentativa de uma aproximação do inapresentável e na intensificação do agora, é possível reativar a política sem fundamentos, nos termos do filósofo. A política curricular, assim, pode ser pensada como um processo de estetização. Para defender tal argumentação iniciamos desenvolvendo o pensamento de Lyotard e defendendo seu foco no político, para então discutirmos as possibilidades de estetização do currículo, com base em diferentes trabalhos que abordam possibilidades para a estetização. Concluímos apontando possibilidades para a estetização das políticas de currículo.
- ItemPrograma de leitura literária para alfabetização e letramento(2023) RAMOS, Jacqueline de Faria Barros; OLIVEIRA, Alessandra Furtado de; BRAZ, Ruth Maria MarianiA Literatura possibilita conhecer o mundo de diferentes maneiras, verbalmente e não verbalmente, sendo ferramenta fundamental no processo do letramento de crianças em alfabetização. Em busca de um resultado concreto, por meio de dados fidedignos de avaliação, trabalhamos na produção inicial de um projeto para uma Rede Municipal de Educação, por intermédio da extinta Coordenação de Programas Artístico-literários, no ano de 2022, ansiando, em prospecção, à sua aplicabilidade em 2023. Tendo por base o dialogismo e a interatividade, a proposição não apresenta a leitura literária como recurso pedagogizante, mas um mote para a construção do conhecimento. Realizamos um trabalho de interação para um efetivo aprendizado, com expansão do repertório do/da estudante direcionado ao letramento. Entendemos que investir nas competências socioemocionais beneficia não só a criança na sua integralidade cognitiva/acadêmica, mas a fortalece e a potencializa para um ideal de sociedade pró-social, ou seja, para atuar em uma comunidade onde sejam promovidos o desenvolvimento humano e a cidadania.
- ItemProcessos educativos em suas dimensões éticas, estéticas, políticas e poéticas(2023) ALVES, Nilda Guimarães; TOJA, Noale; RANGEL, LeonardoO presente dossiê propõe ressaltar as dimensões éticas, estéticas, políticas e poéticas presentes nos processos educativos cotidianos, apontando para as possíveis articulações nos encontros que fazemos nas/das/com as redes educativas que formamos e nas quais nos formamos (ALVES, 2015). Dessa maneira, buscamos reunir narrativas relacionadas a experiências e encontros que nos levam a sentirfazerpensar porque estão implicados em redes heterogêneas e dinâmicas de sentidos, movimentando sons, imagens, cheiros, falas, toques, gostos, sabores etc., que forjam acontecimentos nos múltiplos processos curriculares desenvolvidos nos cotidianos escolares.
- ItemLudicidade ao pensar o tempo: jogos e brincadeiras nas aulas de história(2023) ALCÂNTARA, Patrícia Costa de; FERNANDES, Marcela de MeloO texto, em forma de relato de experiência, apresenta os desafios enfrentados nas aulas de história em uma turma multi-idade, no contexto de implantação da BNCC e do retorno às aulas presenciais após o distanciamento social imposto pela Covid-19. A busca por estratégias pedagógicas adequadas à conjuntura e ao perfil da turma levou a uma aproximação com a ludicidade. A partir da problematização do lugar atribuído ao lúdico na BNCC, argumentamos que experienciar a ludicidade no ensino fundamental – anos finais catalisa a progressão do conhecimento e da abstração conceitual que o documento espera para essa etapa da educação. Conclui-se que ter incluído ludicidade nas aulas de história contribuiu para mobilizar a turma em torno da mesma proposta didática, para a aquisição das habilidades curriculares previstas e para contornar alguns impactos negativos da pandemia.
- ItemFormação continuada: perspectivas no contexto de um plano municipal de educação.(2023) VIEIRA, Maria Nilceia de Andrade; CÔCO, ValdeteNo contexto de lutas pela valorização dos/das profissionais/trabalhadores/as da educação, este artigo analisa a formação continuada no Plano Municipal de Educação de Vitória/ES, com destaque para a educação infantil. Ancorado em pressupostos teórico-metodológicos bakhtinianos e freireanos, orienta-se por uma abordagem qualitativa, com procedimento de análise documental. As análises evidenciam a relevância da formação continuada no plano municipal e o propósito de contemplar diferentes sujeitos/as. Conclui-se que a perspectiva de construção de um projeto coletivo de educação requer ampliação das discussões acerca da garantia de formação continuada a todos/as os/as profissionais/trabalhadores/as atuantes nas escolas, explicitando sua inclusão.
- ItemRacionalidade neoliberal e trabalho docente: interferência da cultura performativa nas condições de trabalho de professores e professoras.(2023) BECHI, Diego; FÁVERO, Altair Alberto; ALMEIDA, Maria de Lourdes Pinto deEste artigo analisa a implementação da cultura performativa na educação pelo modelo de gestão empresarial e sua interferência nas condições de trabalho, dinâmica interpessoal e identidade de docentes. Fruto de pesquisa qualitativa, bibliográfica e documental realizada no Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior – GEPES/UPF, investiga: a formação de um modelo de governança gerencial, produzido pela racionalidade toyotista/liberal, para compreender a formação do/da sujeito/a empresarial; a ideia de reconhecimento rofissional decorrente da performance, num mecanismo de luta pela visibilidade; uma nova identidade docente a partir do poder disciplinar da performatividade. Os resultados apontaram que a ascensão dessa cultura competitiva na educação é responsável por uma subjetividade negativa, com sofrimento no trabalho, perda de identidade somatizada em depressão generalizada, levando, muitas vezes, o/a professor/a ao adoecimento físico e emocional.
- ItemMilitarização das escolas públicas no Espírito Santo: tension and resistance(2023) OLIOSE, Ivan Cardoso; OLIVEIRA, Edna Castro deEste artigo investiga o processo de militarização de escolas públicas no Espírito Santo – ES, visto que a literatura sobre a implementação das Escolas Cívico-Militares no estado é quase inexistente. Toma-se como fundamento o conceito de rigor em Paulo Freire, para refletir sobre a rigidez alinhada à militarização. Como um estudo exploratório, de caráter qualitativo, lança-se mão da revisão bibliográfica e da análise documental como opção metodológica. São analisadas fontes oriundas do jornal Século Diário, no período de 2019 a 2022, que pautam temas ligados à militarização no ES. Os recortes jornalísticos mostram as tensões e resistências que entidades, representantes políticos e coletivos de base têm enfrentado ao agirem contra a rigidez da militarização no estado. Porém, a ação desses movimentos é insuficiente para conter a militarização da sociedade e seus efeitos (aumento de militares na política, perseguições à cultura e educação e mudanças nos modos de punição).
- ItemCiberdocumentário AmarElo como dispositivo de experiências culturais periféricas(2023) SANTOS, Rosemary dos; BARBOSA, Alexsandra; SANTOS, Amanda Reis dosEste artigo apresenta o ciberdocumentário Emicida: AmarElo – é tudo pra ontem, de Emicida (2019), como dispositivo de experiências culturais periféricas contemporâneas. Essa produção audiovisual se insere num contexto em que muitos/as artistas se posicionaram contra narrativas hegemônicas de violência e intolerância, defendendo o antirracismo, o feminismo e o direito às liberdades individuais, em loci virtuais, com grande capacidade de compartilhamento de ideias. Esses discursos, historicamente situados, contribuem para lançar luz sobre a atualidade, incluindo a circulação online de informações e conhecimento. AmarElo é aqui escrutinado, no campo da Educação, à luz da multirreferencialidade (ARDOINO, 1998) e das noções de experiência, resistência, cotidianos, artefatos culturais (CERTEAU, 2014) e habitus (BOURDIEU, 1989), buscando responder como um praticante cultural singular – Emicida – insere-se em uma rede de conexões ampla da periferia paulista; e como esta permeia a luta antirracista no país, além de buscar a intencionalidade histórico-cultural do lançamento de AmarElo.