Desidades

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Desidades é uma revista eletrônica de divulgação científica na área da infância e juventude. É uma publicação trimestral, avaliada por pares, do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas - NIPIAC, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, comprometida com a divulgação do conhecimento científico além dos muros da universidade. Publica artigos originais, entrevistas e resenhas que se destinem a discutir criticamente, para um público amplo, aspectos da infância e da juventude frente a seu processo de emancipação.

Descrição

  • Mantenedor: UFRJ
  • Tipo: IESF
  • Região: Sudeste
  • Cidade: Rio de Janeiro | RJ
  • ISSN: 2318-9282
  • Qualis: B1
  • Periodicidade: Trimestral
  • E-mail: revistadesidades@gmail.com
  • Título abrev.: Desidades: Rev. revista eletr. de divulg. cient. da infânc. e juventude
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      Óbito perinatal: refletindo sobre narratividade, o uso das redes sociais e a elaboração psíquica possível
      (2022) AGUIAR, Helena Carneiro
      O óbito perinatal ocorre em um delicado momento existencial e exige um trabalho de elaboração psíquica bastante singular. A dificuldade da rede de apoio em reconhecer a dor dos pais, a virtualidade do objeto perdido e a ambivalência contida no bebê dificultam que a experiência vivida seja inscrita na cadeia de simbolizações, contribuindo para que o trabalho de luto perinatal seja potencialmente problemático e possa ser vivido como traumático. Apontamos nesse manuscrito que pode haver um trabalho de subjetivação que represente uma tentativa de ligação elaborativa através do uso criativo das redes sociais. A internet pode se apresentar como espaço potencial, tal qual definido por Winnicott, e se constituir como uma via promissora para expressão criativa diante do luto perinatal, em que os pais podem tanto narrar suas experiências (aproximando-as do mundo da linguagem e, portanto, aproximando-as de uma possível elaboração) quanto se sentirem pertencendo a um grupo com o qual podem se identificar.
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      Discutindo projetos de vida com crianças e adolescentes em vulnerabilidade social
      (2021) ALVARENGA, Claudia Gersen; PATROCINIO, Laís Barbosa; BARBI, Lucas
      Objetivou-se analisar um trabalho sobre projetos de vida com crianças e adolescentes de uma região periférica de Belo Horizonte, Brasil, que se deu por oficinas de educação em saúde ocorridas em uma instituição filantrópica durante 10 meses. Foram abordados temas como autoconhecimento, autoestima, relações familiares e vínculos afetivos, cuidados com o corpo, cidadania, desigualdades, violências. A análise foi empreendida por meio de questionário diagnóstico aplicado a participantes, atividades realizadas pelo grupo e caderno de campo. Os meninos demonstraram predileção por carreiras de menor qualificação e as meninas por profissões de Ensino Superior. Observou-se a ausência de articulação entre os projetos mencionados e as ações concretas para empreendê-los. A escola não foi mencionada positivamente como um espaço para o alcance dos objetivos. As oficinas de educação em saúde focadas na promoção de projetos de vida se mostraram estratégias potentes para a construção do autoconhecimento, oportunizando a projeção do futuro desejado.
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      Contribuições da literatura internacional para o cuidado em saúde mental de adolescentes em conflito com a lei no Brasil
      (2021) COSTA, Rafaelle C. S.; BUSOS, Fernanda Papa; ROMANO, Thales Vinícius Mozaner; BAZON, Marina Rezende
      O presente estudo visou evidenciar a produção de conhecimento sobre saúde mental e prática de delitos. Foram levantados artigos na base de dados Web of Science, com os descritores: (mental health) e (offense* ou offender* ou delinquen*) e (juvenile* ou adolescent* ou youth*). A análise de 42 artigos permitiu a criação das seguintes categorias de estudos: 1) Prevalência de transtornos de saúde mental e variáveis associadas; 2) Associação entre prática de delitos e problemas de saúde mental e 3) Prevalência de comportamentos suicidas e variáveis associadas. A associação entre delinquência e saúde mental pode ocorrer nas duas direções e depende dos tipos de transtornos e de delitos estudados. Comportamentos suicidas associam-se com privação de liberdade. Identificar a presença de experiências adversas na infância, problemas escolares, uso de substâncias e comorbidades de saúde mental podem auxiliar na compreensão dessas relações. Espera-se que este estudo viabilize avanços das práticas em saúde mental no sistema socioeducativo.
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      Violência sexual contra crianças e adolescentes: análise das notificações a partir do debate sobre gênero
      (2021) FERRAZ, Maira de Maria Pires; VELOSO, Milene Maria Xavier; CABRAL, Isabel Rosa
      O estudo objetivou caracterizar a violência sexual contra crianças e adolescentes entre os anos de 2014 e 2016 no município de Belém-Pará, uma metrópole no norte brasileiro, a partir da análise de categorias da Ficha de Notificação de Agravos Notificados, utilizando a variável sexo da vítima. Dos 3.690 casos identificados, 84,8% acometeram meninas, com média de idade de 10,15 anos (±4,20), e 15,2% meninos de, em média, 8,09 (±3,97) anos. Os principais agressores são homens conhecidos da vítima. Este perfil indica relações de poder de gênero e geração e a necessidade de incentivar práticas sociais que visem romper a violência de gênero.
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      Seres competentes e sujeitos de direitos: trajetórias dos bebês nas pesquisas acadêmicas e nas creches
      (2022) SIMÕES, Patrícia Maria Uchôa
      O presente texto tem como objetivo trazer elementos para a discussão dos bebês nas pesquisas e nas creches, analisando como a ciência moderna, em suas diversas áreas de conhecimento, tem perspectivado os bebês e discutir quais são suas implicações nas políticas e práticas pedagógicas nas instituições de Educação Infantil no Brasil. Assinala-se um movimento de constituição de um campo semântico que articula os bebês à ideia de indivíduo competente e sujeito de direito. Essa nova concepção impõe desafios aos profissionais e exige mudanças. A invisibilidade dos bebês é discutida, considerando os diferentes atores políticos e econômicos e o contexto social e histórico do desenvolvimento da criança. Por fim, o texto propõe um olhar para os bebês como seres competentes nas instituições de Educação Infantil e como categoria analítica nos estudos das infâncias.
    Os autores que publicam no periódico concordam com o texto simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição - Não Comercial 4.0 Internacional - CC BY-NC.