Roteiro
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A Roteiro é um periódico filiado à Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). Criado em janeiro de 1978, completou quarenta anos de atividade em dezembro de 2017. Os primeiros fascículos publicados quando de sua criação continham textos de diferentes gêneros, seus autores eram predominantemente docentes da área das ciências das humanidades, e a gestão do periódico era efetuada por docentes da Instituição. A partir de 2008, com a reorientação de seu foco e escopo, o processo de publicação e disseminação dos fascículos tornou-se uma responsabilidade do Programa de Pós-Graduação em Educação da Instituição.
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- ItemA ação conjunta de organizações internacionais (UE e OCDE) em educação: metamorfoses? Observações em torno de políticas educativas em Portugal(2019) ANTUNES, FátimaDesde 2013 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) desenvolve uma intervenção em educação em Portugal, com o objetivo de elaborar uma Estratégia Nacional de Competências, com particular incidência no campo da educação de adultos e, posteriormente (2017), no contexto de uma política nacional para o ensino básico e secundário, Projeto Autonomia e Flexibilidade Curricular. Em um e outro casos, trata-se de políticas nacionais enquadradas pelo Programa Educação e Formação 2020, no âmbito das políticas europeias de educação, e de dinâmicas que mobilizam o trabalho direto dos técnicos da OCDE com os atores no terreno das escolas e outros contextos educativos. A europeização da educação e das políticas públicas neste domínio, e genericamente a ação de organizações supranacionais, constitui a expressão de uma nova ordem educacional associada a processos e projetos políticos de globalização e da economia do conhecimento. Neste texto, analisa-se o percurso de europeização da educação para, à luz dos casos referidos, discutir se a centralidade da mediação nacional – concretizada pelas opções e apropriações pelos governos nacionais das políticas, orientações e modelos educativos disseminados por organizações supranacionais como a OCDE e a União Europeia (UE) – pode estar a assumir formas diferentes, derivadas desta mais recente conexão na ação em educação entre atores e contextos globais e locais. Estas metamorfoses podem passar, por exemplo, por articulações antes desconhecidas na constituição dos espaços global e local, com novos papéis e protagonismos para as autoridades nacionais, bem como para as organizações internacionais e outros perfis para atores e contextos locais.
- ItemA ação conjunta de organizações internacionais (UE e OCDE) em educação: metamorfoses? observações em torno de políticas educativas em Portugal(2019) ANTUNES, FátimaDesde 2013 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) desenvolve uma intervenção em educação em Portugal, com o objetivo de elaborar uma Estratégia Nacional de Competências, com particular incidência no campo da educação de adultos e, posteriormente (2017), no contexto de uma política nacional para o ensino básico e secundário, Projeto Autonomia e Flexibilidade Curricular. Em um e outro casos, trata-se de políticas nacionais enquadradas pelo Programa Educação e Formação 2020, no âmbito das políticas europeias de educação, e de dinâmicas que mobilizam o trabalho direto dos técnicos da OCDE com os atores no terreno das escolas e outros contextos educativos. A europeização da educação e das políticas públicas neste domínio, e genericamente a ação de organizações supranacionais, constitui a expressão de uma nova ordem educacional associada a processos e projetos políticos de globalização e da economia do conhecimento. Neste texto, analisa-se o percurso de europeização da educação para, à luz dos casos referidos, discutir se a centralidade da mediação nacional – concretizada pelas opções e apropriações pelos governos nacionais das políticas, orientações e modelos educativos disseminados por organizações supranacionais como a OCDE e a União Europeia (UE) – pode estar a assumir formas diferentes, derivadas desta mais recente conexão na ação em educação entre atores e contextos globais e locais. Estas metamorfoses podem passar, por exemplo, por articulações antes desconhecidas na constituição dos espaços global e local, com novos papéis e protagonismos para as autoridades nacionais, bem como para as organizações internacionais e outros perfis para atores e contextos locais.
- ItemA aula de história: a experiência e a biografia docente na produção do conhecimento escolar de história(2020) CREMA, Everton CarlosA discussão encaminhada vai ao encontro das condições e possibilidades de criação/construção das aulas de história desenvolvidas por professoras e professores da rede pública de ensino de União da Vitória, PR, tendo como perspectiva de mediação a experiência profissional docente, a cultura escolar, o currículo e a diversidade de metodologias de ensino-aprendizagem. Discutir o processo criativo dos conteúdos e metodologias do ensino escolar de História apresenta-se fundamentalmente importante e necessário, pois se desenvolvem dentro de relações e alcance mais pragmáticos e em resposta a questões mais próximas e urgentes às escolas. Em contraste às continuadas sucessões, sobreposições curriculares, à falta de uma formação continuada eficaz e à distância formativa da universidade, desenvolvem-se, por parte de nossos professores, estratégias didático-metodológicas autorais no ensino escolar de História. Precisamos olhar para as condições e práticas de ensino de História que se desenvolvem nas salas de aulas de nossas escolas, buscando nesse processo uma aproximação entre os níveis escolares e de formação docente. Por meio de pesquisas da biografia profissional docente e da análise das práticas didático-metodológicas, percebemos em reflexo que elas se desenvolvem próximas à experiência profissional e à cultura escolar e, sobretudo, compartilham de um espectro metodológico diverso e próximo do que convencionamos chamar de produção estética da aula. Nesse sentido a pesquisa aplicada dentro das escolas ultrapassa a idealização e formalização do currículo e busca construir um desenho didático mais próximo da realidade do ensino
- ItemA aula-oficina na caminhada de aprender a ser professor de história(2020) GAGO, MaríliaSer professor de História implica o engajamento de várias áreas do saber e exige a operacionalização de operações complexas adequadas ao contexto educativo em que se inscreve. A formação de professores tem de ser capaz de desafiar e preparar os futuros professores de História para lidarem em progressão com essas operações. A aula-oficina é um caminho proposto pela educação histórica que parece se adequar ao desenvolvimento de literacia e consciência histórica. Os dados de investigação em Educação Histórica têm demonstrado que quando os aprendentes são desafiados a resolver tarefas com base em fontes, analisadas com questões de graus distintos de complexidade, promove-se o desenvolvimento do pensamento e o conhecimento histórico. Assim, propõe-se a partilha de dados de um estudo qualitativo em linha com a Grounded Theory (Teoria fundamentada), realizado por meio de uma amostragem de conveniência entre 20 alunos do mestrado em ensino da História do terceiro ciclo do ensino básico e do ensino secundário de uma universidade do Norte de Portugal, em várias fases de formação e de recolha de dados, numa lógica longitudinal e em linha com os princípios da aula-oficina – das ideias prévias à metacognição. As ideias foram recolhidas por meio de questionário de resposta aberta acerca dos seguintes construtos: consciência histórica, identidade e profissionalismo docente. As ideias partilhadas pelos alunos, futuros professores de História, sugerem que as tarefas-desafios propostas acompanhadas pelo debate das soluções encontradas e da reflexão continuada acerca do processo promoveram a consciência do seu papel e propósito de professor de História numa lógica de crescente complexidade em termos de identidade pessoal-histórica e de profissional-docente.
- ItemA autoavaliação na aprendizagem de língua inglesa: subsídio para reconhecimento da própria aprendizagem e gestão do erro(2012) PUNHAGUI, Giovana Chimentão; SOUZA, Nadia Aparecida deOs documentos oficiais para o ensino de língua estrangeira, na educação básica, apresentam a necessidade de oferecer subsídios para que o indivíduo se posicione criticamente no contexto no qual está inserido e estabeleça diálogo com outras realidades. Como a aprendizagem de uma língua demanda estudo constante, até mesmo após o período escolar – quando não há mais a figura do professor como mediador –, o desenvolvimento de maior autonomia para com o aprender se faz relevante. Uma das opções, revelada pela literatura como desencadeadora de maior independência cognitiva, é a utilização da autoavaliação. Este estudo é um recorte de uma dissertação de mestrado em andamento, e tem por objetivo expor a análise da efetividade da autoavaliação no reconhecimento da situação na qual se encontra a aprendizagem e do tratamento do erro como possibilidade para aprender. A pesquisa, de abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso, teve a participação de 36 alunos da 8ª série de uma escola pública da região Norte do Paraná. As informações dos instrumentos de coleta foram submetidas à análise de conteúdo temática, permitindo constatar que a maioria dos alunos, após trabalho com a autoavaliação, mostrou ser capaz de reconhecer seus pontos fortes e suas dificuldades e considerou o erro como alavanca para mudanças na aprendizagem, revelando o potencial deste instrumento para desencadear reflexão sobre a situação de aprendizagem.
- ItemA avaliação em classes de alfabetização: registros descritivos possibilitam superação da avaliação classificatória e excludente?(2012) SCHMIDT, Leonete Luzia; SCHAFASCHEK, RosiclerO texto resulta de reflexão sobre relatórios de avaliação descritiva que professores alfabetizadores fazem atualmente para documentar o processo de apropriação da escrita e da leitura de seus alunos. É questionado se a forma como vem sendo realizada, a avaliação descritiva possibilita superação da avaliação classificatória e excludente. Este estudo situa-se no âmbito de um projeto de pesquisa a respeito da alfabetização e letramento, formação inicial e continuada e trabalho docente financiado pela Capes/Observatório da Educação. O objetivo é analisar registros descritivos de avaliação elaborados por professores alfabetizadores. Foram analisados registros descritivos referentes a crianças de turmas de 1º e 2º ano do Ensino Fundamental e excertos de depoimentos de professoras alfabetizadoras das escolas da referida pesquisa. As análises evidenciam que a avaliação descritiva realizada pelas professoras vem apresentando impressões gerais sobre os alunos com foco em atitudes, ficando ausentes os dados sobre o aprendizado da leitura e escrita.
- ItemA concentração da pós-graduação nos grandes centros: um estudo a partir das mesorregiões do estado de Santa Catarina(2013) LUCKMANN, Luiz Carlos; BERNART, Eliezer EmanuelO presente artigo discute a problemática da concentração da Pós-graduação (PG) na Costa Litorânea do Estado de Santa Catarina. Partiu-se da hipótese de que as políticas públicas formuladas pela Capes são apropriadas aos grandes centros de excelência, em prejuízo às instituições localizadas em regiões interioranas do país. O estudo contrapõe dados disponibilizados pela Capes com a realidade de universidades localizadas na mesorregião Oeste Catarinense. Para contribuir com a análise, organizou-se um instrumento de pesquisa no intuito de ouvir o que pensam e propõem professores e dirigentes destas universidades. Essa dinâmica possibilitou chegar à proposição de novas políticas públicas para a PG que, uma vez adotadas pela Capes, poderão minimizar o problema da concentração da PG.
- ItemA concepção curricular integrada na reforma da formação de professores da educação básica(2005) SCHNEIDER, Marilda PasqualO objetivo deste texto é analisar o conceito de currículo integrado tal como proposto na reforma da formação de professores da educação básica. Para compor o corpus, delimita-se como objeto de estudo as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de licenciatura aprovados pelo MEC, em fevereiro de 2002. Argumenta-se que as propostas fundamentadas na concepção de currículo integrado têm sido historicamente associadas às teorias curriculares críticas, porquanto originárias de discursos provenientes de movimentos progressistas que lutavam contra a mercantilização do ensino e a fragmentação dos saberes escolarizados. Nas Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, a perspectiva de integração curricular destina-se a atender à necessidade de desenvolvimento do aluno para aquela etapa de escolarização. Essa visão, perfeitamente sintonizada com recomendações de organizações internacionais que buscam adequar a educação do professor ao processo de sobrevivência do capitalismo, apesar de assumir uma aparência de inovação e de crítica, não favorece a produção de reflexões sobre os conhecimentos a serem ensinados, nem potencializa a capacidade transformadora do currículo; ela tão-somente oportuniza ao futuro professor a aquisição de um saber mais homogêneo e geral, associado às situações da sua atuação no universo da sala de aula. Conclui-se que a concepção de integração proposta para a reforma da formação de professores da educação básica filia-se a perspectivas eficientistas de organização dos currículos escolares, as quais propugnam para o educador uma profissionalidade instrumental-tecnicista.
- ItemA concepção sociointeracionista no ensino do inglês: o professor e o livro didático(2010) SOUZA, Ana Paula Ramos de; STEFANELLO, Carla Adiers; SPILMANN, Ivomar AntônioEste estudo propõe uma reflexão sobre a prática de ensino e aprendizagem do inglês como língua estrangeira sob a perspectiva sociointeracionista, a formação do professor e o uso do livro didático. Para tanto, apresenta-se um estudo teórico-bibliográfico no qual foram consultadas publicações de Linguística e Educação sobre as repercussões do sociointeracionismo que parte da concepção teórica sociointeracionista da linguagem com base no ideário de Vygotsky e Bakhtin. E, outro estudo de entrevistas de professores, no qual são expostos os principais pressupostos acerca do uso do livro didático e a formação de um grupo de professores de escolas de inglês do Oeste catarinense. Os resultados foram confrontados e demonstram que a insuficiente formação do professor na proposta sociointeracionista e a dependência do livro didático se retroalimentam. Isso é reforçado em razão da pouca ocorrência, nos estudos investigados, de práticas sociointeracionistas na última década. No entanto, a experiência docente parece direcionar a atividade prática para uma abordagem próxima a essa concepção.
- ItemA condição social e educacional das mulheres no Brasil colonial e imperial(2005) KNONKEL, Eliane Nilsen; CARDOSO, Maria Angélica; HOFF, SandinoA história da opressão/resistência da mulher no período colonial e imperial do Brasil é o objeto deste estudo; é abordada como um fenômeno singular que tem suas raízes na universalidade da produção material da vida que fornece as condições para a violência e o poder. A divisão do trabalho familiar tem sua chave explicativa na divisão do trabalho a produzir riquezas e bens, protegidos por leis e por instrumentos potentes que mantinham a dominação. Com o desenvolvimento das forças produtivas, originou-se, também, uma nova consciência social, uma nova ideologia que propunha a liberdade de ir e vir. As mulheres resistiram à violência e à submissão por meio da palavra falada e impressa e começaram a ser ouvidas e lidas à medida que afloram as idéias de igualdade, utilizando mais a força da política do que a das armas, mais a fala do que a agulha. A educação escolar colaborou com as forças sociais que propuseram mudanças familiares e sociais.
- ItemA condição social e educacional das mulheres no Brasil Colonial e Imperial(2005) KONKEL, Eliane Nilsen; CARDOSO, Maria Angélica; HOFF, SandinoThe history of the opression/resistance of the woman in the colonial and imperial period in Brazil is the object of this study. It is boarded as a singular phenomenon that has its roots in the universality of the material production of life that supplies the conditions to the power and the violence. The division of the familiar work has its explaining key in the division of the work to produce wealth and means, protected by laws and powerful instruments that keep the domination. The women had resisted the violence and the submission with the oral and printed word as instrument and they had started to be heard and read to the measure that the equality ideas arose, using more the force of the politics than of the weapons, more the speech than the needle. The school education collaborated with the social forces that proposed familiar and social changes.
- ItemA construção de identidade(s) profissional(is) em educação física: uma revisão de literatura(2016) VANZUITA, Alexandre; RAITZ, Tânia ReginaNeste estudo analisamos como as experiências no contexto de formação e inserção profissional em Educação Física constroem identidade(s) profissional(is). Trata-se de um ensaio teórico-reflexivo por meio da produção do conhecimento (2009 a 2015) das variáveis relacionadas à identidade e inserção profissional em Educação Física. Identificamos na literatura cinzenta problemática reduzida, portanto, há necessidade de intensificar os estudos em razão das transformações no mundo do trabalho e das dificuldades de inserção desses profissionais. Concluímos que as experiências no contexto da formação e inserção profissional não estão articuladas integralmente aos processos de pesquisa e construção de métodos e metodologias.
- ItemA contrarreforma do Ensino Médio e as perdas de direitos sociais no Brasil(2020) DUARTE, Adriana Maria Cancella; REIS, Juliana Batista dos; CORREA, Licinia Maria; SALES, Shirlei RezendeO artigo busca identificar, descrever e analisar os processos e os efeitos da contrarreforma do Ensino Médio, regulamentada pela Lei n. 13.415/17, e a consequente perda de direitos sociais, especialmente para a juventude brasileira. O Ensino Médio no Brasil, última etapa da educação básica, tem sofrido frequentes reformas nas últimas duas décadas, propostas pelos governos nacionais ou por iniciativa dos próprios estados federativos. A partir da apreciação da Lei n. 13.415/17, privilegia-se, em um primeiro momento, a análise sobre os efeitos da contrarreforma para os sujeitos da escola (jovens estudantes e corpo docente). Em seguida, examina-se a proposta de organização curricular e a Base Nacional Curricular Comum para o Ensino Médio. Argumenta-se que a proposta de flexibilização reduz a educação básica à preparação para o mercado de trabalho, restringe e abrevia a oferta, amplia as desigualdades educacionais e oferece base legal para a privatização do ensino público. Conclui-se que a contrarreforma se configura como golpe à educação brasileira, pois não considerou o quadro geral do Ensino Médio atual (as condições de trabalho das(os) docentes e a infraestrutura existente hoje nas escolas), os avanços e orientações contidos no Plano Nacional de Educação (2014-2024), as experiências e os saberes dos sujeitos da escola e as pesquisas já desenvolvidas na área. O uso do conceito de contrarreforma potencializa a análise dos processos regressivos aos avanços dos direitos sociais diante dessa iniciativa.
- ItemA dimensão colaborativa no movimento de ensinar, aprender e formar-se professor que ensina matemática(2012) VAZ, Halana Garcez Borowsky; LOPES, Anemari Roesler Luersen Vieira; SILVA, Diaine Susara Garcez daA preocupação com o ensino e a aprendizagem da Matemática bem como a formação de professores envolvidos nos processos educativos relativos a essa disciplina motivou a criação de um grupo que desenvolve projetos de pesquisa e extensão, entre os quais o Clube de Matemática, que se desencadeia em uma Escola de Educação Básica na dimensão colaborativa e conta com a participação de professores e futuros professores. Buscando compreender em que medida a participação dos sujeitos envolvidos neste projeto contribui com a sua formação, foi desenvolvida uma pesquisa da qual é apresentado neste artigo um recorte, que tem como principal objetivo investigar como professores e futuros professores percebem sua inserção no Clube de Matemática, em relação à sua aprendizagem da docência. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas com a professora regente da turma na qual é desencadeado o projeto e com duas estudantes de Pedagogia que participam do seu desenvolvimento. A análise destes dados permitiu verificar que estas associam aspectos relativos à aprendizagem da docência à sua inserção no projeto, em especial no processo de planejamento e na interação entre os diversos componentes do grupo de trabalho; o que nos leva a compreender a dimensão colaborativa como uma possibilidade de encaminhamento de processos educativos os quais oportunizam a aprendizagem da docência.
- ItemA dimensão ética da interdisciplinaridade / The ethical dimension of interdisciplinarity(2014) BOMBASSARO, Luiz CarlosA interdisciplinaridade constitui hoje um desafio para as práticas de investigação e de formação pedagógica. Enquanto problema epistemológico, a interdisciplinaridade passou a ser discutida muito recentemente no âmbito acadêmico, em razão do processo de especialização e de fragmentação do conhecimento, que aos poucos foi produzindo uma compreensão cada vez mais detalhada e profunda, mas cada vez menos ampla da realidade, impossibilitando, assim, a criação de uma visão de conjunto e uma compreensão abrangente de mundo. No entanto, pouca atenção tem sido dada às precondições que tornam possível a efetivação da interdisciplinaridade no campo da pesquisa e da formação pedagógica. Por isso, trata-se de analisar aqui as bases éticas sobre as quais se assenta a prática da interdisciplinaridade tanto na investigação científica quanto na formação humana.
- ItemA dinâmica interlocutiva na sala de aula e o aprendizado de ciências na educação infantil(2016) ALVARES, Camila; TOSCANO, CarlosCom este trabalho, parte de uma pesquisa mais ampla, analisou-se o desenvolvimento de uma atividade de ciências e os efeitos produzidos com os alunos de cinco e seis anos de idade de uma escola pública do interior do Paraná. Tomou-se como base teórica a perspectiva histórico-cultural, e como procedimento investigativo a abordagem microgenética. Realizaram-se observações e gravação em vídeo das aulas, que, posteriormente, foram transcritas. Os resultados apontaram uma defesa pelo ato de ensinar no contexto estudado e, por meio deste, de transmitir os conhecimentos sistematizados; entretanto, a mediação pedagógica nem sempre favoreceu a compreensão pretendida pela professora.
- ItemA docência no ensino médio no centro da bioeconomia: elementos para uma analítica de currículo(2013) SILVA, Roberto Rafael Dias daO presente texto propõe-se a examinar a constituição contemporânea da docência no ensino médio no Brasil, tomando como condição de possibilidade a emergência do capitalismo cognitivo, modo de organização econômica marcado por estratégias bioeconômicas. Toma-se como materialidade investigativa um conjunto de documentos curriculares publicados pela Unesco e pelo Estado brasileiro, ao longo da última década, que toma como alvo a referida etapa da educação básica. Objetiva-se, então, problematizar os modos pelos quais se intensificam, contemporaneamente, os investimentos políticos sobre a docência no ensino médio no Brasil. Como conclusões a esse estudo, apresenta-se um conjunto de três racionalidades bioeconômicas que atribuem produtividade aos investimentos nesta etapa da educação básica, a saber: o aumento do potencial de empregabilidade dos sujeitos escolares; a ampliação da competitividade do país; e a promoção de práticas de cidadania e seguridade social.
- ItemA educação brasileira em debate: moderno, modernidade e modernização em seus matizes(2013) PAIVA, Tamires Farias deA presente resenha tem como escopo de análise o livro “Moderno, modernidade e modernização: a educação nos projetos de Brasil (séculos XIX e XX).” Trata-se do primeiro volume da Coleção “Pensar a Educação, Pensar o Brasil” e reúne um conjunto variado de artigos, interessado em problematizar o lugar da intelectualidade brasileira na construção da esfera pública.
- ItemA educação como um direito: o desafio da qualidade em uma experiência de escola pública(2010) EQUINSANI, Serena SiqueiraCom base nos estudos e apontamentos de Norberto Bobbio (1909-2004) a respeito da democracia e direitos humanos, bem como sob a inspiração da bandeira do direito de todos à educação, é possível afirmar que um sistema de ensino público livre e aberto constitui um meio efetivo de combate às desigualdades sociais. Tais entendimentos ancoram uma pesquisa de base documental em fontes primárias, que busca analisar uma alternativa de expansão qualitativa da escola pública: a escola em tempo integral implementada em um município sul-rio-grandense pela administração 2005-2008. O objetivo precípuo do texto é defender possibilidades de expansão qualitativa de redes e sistemas públicos de ensino – e, por extensão, a ampliação e consolidação de políticas que garantam o direito de todos à educação –, a partir da experiência desencadeada no município-foco da pesquisa.
- ItemA educação das relações raciais no currículo: as licenciaturas em geografia em Santa Catarina(2019) PASSOS, Joana Célia dos; NOGUEIRA, Azânia Mahin RomãoA Geografia como campo de conhecimento contribui para o empoderamento dos sujeitos para a construção de sua identidade e de seu posicionamento e atuação no mundo. Desse modo, a discussão sobre as relações raciais é essencial para a percepção da necessidade de mudanças estruturais na sociedade brasileira e para a compreensão da segregação urbana, do direito à terra e das dinâmicas sociais e econômicas da população. Considerando esses aspectos, o artigo analisa os currículos de cursos de Licenciatura em Geografia de cinco Instituições de Ensino Superior localizadas no Estado de Santa Catarina, procurando perceber de que maneira se apresentam as questões raciais nesses cursos. Considerando que as licenciaturas têm como objetivo a formação de professores da educação básica, realizamos também uma análise dos textos legais que normatizam a formação de professores no Brasil, bem como da Geografia e os que interpretam e complementam a Lei n. 10.639/03 no que se refere a sua aplicação, buscando observar a adequação dos cursos de Geografia. A partir dos dados analisados, percebeu-se que, embora a legislação atual e suas normativas curriculares tenham assimilado no corpo de seus textos as questões raciais como estruturantes e princípios educacionais, a presença de conhecimentos e a discussão sobre estas ainda são tímidas nesses cursos, que estão, em sua maioria, cumprindo o mínimo exigido pela lei.