Aprendendo a empreender: o projeto de vida e a cultura do empreendedorismo na educação escolar
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Tipo
Artigo
Classficação
Nível teórico
Data
2022
Autores
Título do Períodico
Linguagens, Educação e Sociedade
ISSN
2526-8449
Página(s)/e-location
373-395
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Teresina, PI
26
52
set./ dez
26
52
set./ dez
Resumo
“Pense fora da caixa”, “Inove”, “Seja empreendedor de si”, “Aprenda a empreender”. Esses são alguns dos imperativos formativos veiculados cotidianamente na contemporaneidade. Quando crianças, muitos de nós já fomos questionados sobre o que queremos ser quando crescer. Pautados por imperativos mercadológicos, a cultura do empreendedorismo emerge como referencial formativo “inovador” nos espaços educativos. Nesse contexto, o Projeto de Vida promete desenvolver múltiplas dimensões, motivando os indivíduos a resolver problemas e a tomar decisões para alcançar objetivos e atingir a realização profissional. Essa cultura transfere os dispositivos empresariais – tais como competividade, lucratividade, desempenho e produtividade – para o âmbito educacional, subordinando os processos formativos a uma nova governamentalidade. Diante do assinalado, partiu-se do seguinte questionamento: por qual motivo inserir a cultura do empreendedorismo nas escolas? A partir do exposto, defende-se que o debate acadêmico sobre Projeto de Vida ancora-se em princípios provenientes do mercado neoliberal, priorizando a formação de indivíduos economicamente produtivos, porém, politicamente submissos e dóceis. Desse modo, pretende-se colocar em discussão o papel desempenhado pela racionalidade pedagógica empreendedora no direcionamento das formas de governo de si. Como forma de direcionamento analítico, a crítica foucautiana surgiu como referencial teórico capaz de apresentar criticamente os limites dos dispositivos neoliberais que inserem a Educação nas diretrizes da produtividade e da governamentalidade.
“Think outside the box”, “Innovate”, “Be your own entrepreneur”, “Learn to undertake”. These are some of the formative imperatives conveyed daily in contemporary times. Many of us have been asked what we want to be when we grow up. Guided by market imperatives, the culture of entrepreneurship, the Life Project and self-management emerge as formative references in educational spaces. According to this culture, the Project of Life promises to develop the individuals in multiple dimensions, motivating them to solve problems and make decisions to achieve goals and accomplish professional fulfillment. When associated to the Project of Life, such culture imposes business devices – like competitiveness, performance and productivity – to the educational scope, submitting the training processes to a new governmentality. From that, we raise the following question: What have we made of ourselves under the control forms of life? We believe that the academic debate on the Project of Life is grounded in principles from the neoliberal market, prioritizing the formation of economically productive individuals, whose are, however, politically submissive and docile. Thus, we intend to discuss the role played by entrepreneurial pedagogical rationality in directing the forms of self-government. To develop our criticism, we adopt an analytical standpoint from Foucault's thoughts, which emerges as a theoretical framework capable of presenting the limits of neoliberal devices that place Education in the guidelines of productivity and effectiveness.
“Piensa fuera de la caja”, “Innova”, “Sé tu propio emprendedor”, “Aprende a emprender”. Estos son algunos de los imperativos formativos que se transmiten a diario en la contemporaneidad. De acuerdo con esta cultura, el Proyecto de Vida promete desarrollar al individuo en múltiples dimensiones, motivándolo a resolver problemas y tomar decisiones para alcanzar metas y lograr la realización profesional. Cuando se asocia al Proyecto de Vida, esta cultura traslada dispositivos empresariales -como la competitividad, el desempeño y la productividad- al ámbito educativo, subordinando los procesos de formación a una nueva gubernamentalidad. Partía de la siguiente pregunta: ¿qué hemos hecho de nosotros mismos bajo las formas de control de la vida? Se asume que el debate académico sobre Proyecto de Vida está anclado en principios del mercado neoliberal, priorizando la formación de individuos económicamente productivos, pero políticamente sumisos y dóciles. De esta manera, pretendemos discutir el papel que juega la racionalidad pedagógica empresarial en la dirección de las formas de autogobierno. Como forma de dirección analítica, la crítica de Foucault surge como un marco teórico capaz de presentar los límites de los dispositivos neoliberales que sitúan a la Educación en las pautas de la productividad y la eficacia.
“Think outside the box”, “Innovate”, “Be your own entrepreneur”, “Learn to undertake”. These are some of the formative imperatives conveyed daily in contemporary times. Many of us have been asked what we want to be when we grow up. Guided by market imperatives, the culture of entrepreneurship, the Life Project and self-management emerge as formative references in educational spaces. According to this culture, the Project of Life promises to develop the individuals in multiple dimensions, motivating them to solve problems and make decisions to achieve goals and accomplish professional fulfillment. When associated to the Project of Life, such culture imposes business devices – like competitiveness, performance and productivity – to the educational scope, submitting the training processes to a new governmentality. From that, we raise the following question: What have we made of ourselves under the control forms of life? We believe that the academic debate on the Project of Life is grounded in principles from the neoliberal market, prioritizing the formation of economically productive individuals, whose are, however, politically submissive and docile. Thus, we intend to discuss the role played by entrepreneurial pedagogical rationality in directing the forms of self-government. To develop our criticism, we adopt an analytical standpoint from Foucault's thoughts, which emerges as a theoretical framework capable of presenting the limits of neoliberal devices that place Education in the guidelines of productivity and effectiveness.
“Piensa fuera de la caja”, “Innova”, “Sé tu propio emprendedor”, “Aprende a emprender”. Estos son algunos de los imperativos formativos que se transmiten a diario en la contemporaneidad. De acuerdo con esta cultura, el Proyecto de Vida promete desarrollar al individuo en múltiples dimensiones, motivándolo a resolver problemas y tomar decisiones para alcanzar metas y lograr la realización profesional. Cuando se asocia al Proyecto de Vida, esta cultura traslada dispositivos empresariales -como la competitividad, el desempeño y la productividad- al ámbito educativo, subordinando los procesos de formación a una nueva gubernamentalidad. Partía de la siguiente pregunta: ¿qué hemos hecho de nosotros mismos bajo las formas de control de la vida? Se asume que el debate académico sobre Proyecto de Vida está anclado en principios del mercado neoliberal, priorizando la formación de individuos económicamente productivos, pero políticamente sumisos y dóciles. De esta manera, pretendemos discutir el papel que juega la racionalidad pedagógica empresarial en la dirección de las formas de autogobierno. Como forma de dirección analítica, la crítica de Foucault surge como un marco teórico capaz de presentar los límites de los dispositivos neoliberales que sitúan a la Educación en las pautas de la productividad y la eficacia.
Descrição
Palavras-chave
Empreendedor de si, Projeto de vida, Cultura do desempenho, Life project, Entrepreneur of himself, Performance culture, Emprendedor de sí mismo, Proyecto de vida, Cultura de desempeño
Citação
MANFRÉ, A.. Aprendendo a empreender: o projeto de vida e a cultura do empreendedorismo na educação escolar. Linguagens, Educação e Sociedade, Teresina, PI, v. 26, n. 52, p. 373-395, set/ dez. 2022. https://doi.org/10.26694/rles.v26i52.2988. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/2988. Acesso em: 2024-01-24