A educação vai ao mercado financeiro: somos educação em debate

Carregando...
Imagem de Miniatura
Tipo
Artigo
Classficação
Nível técnico
Data
2021
Título do Períodico
Revista HISTEDBR On-line
ISSN
1676-2642
Página(s)/e-location
e021041
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas, SP
21
Resumo
O objetivo deste artigo é discutir três tendências que caracterizam a lógica contemporânea da privatização da educação: centralidade do capital fictício, movimentos de concentração e centralização de capitais e disputas pelos fundos públicos. O referencial teórico adotado é o materialismo histórico e dialético. Buscamos interseccionar a produção acadêmica que tem discutido as diversas formas de privatização do setor educacional, em seus distintos contextos, e a bibliografia marxista que estuda o capitalismo contemporâneo e suas crises recentes. Para a análise, apresentamos um estudo sobre a atuação da Somos Educação no período de 2010 a 2018, demonstrando que essa companhia constitui um caso emblemático para flagrar a lógica recente da privatização e a expansão da financeirização para a educação básica. Trata-se de uma pesquisa documental cujas informações foram coletadas em documentos divulgados pela companhia e seus controladores – Grupo Abril, Tarpon e Kroton/Cogna –, pela BM&FBovespa e pela mídia de abrangência nacional e internacional. Verificamos que a financeirização das atividades de grupos como a Somos potencializa seus ganhos, amplia sua presença na educação pública e o controle que opera sobre as escolas.

This article discusses three trends that have characterized the privatization of education: the dominance of fictitious capital, the process of capital concentration and centralization, and the disputes over public funds. We use Dialectical and Historical Materialism as the theoretical framework. We seek to intersect the academic production that discuss modes of privatization of education in distinct contexts and the Marxist theoretical framework that analyses the contemporary capitalism and its recent crises. For this study, we present Somos Educação's operation during the years 2010-2018, in support to demonstrate this company as an emblematic case of contemporary privatization of education and, also, to illustrate the expansion of financialization in basic education. This is a documentary research. We use the data published by the company and its owners – Grupo Abril, Tarpon e Kroton/Cogna –, the BM&FBovespa and the national and international media. As a result, we observed that financialization of groups like Somos Educação boosts its profits, increases its presence in public education, and deepens the control exercised over public schools.

El objetivo del artículo es discutir tres tendencias que caracterizan la reciente lógica de privatización de la educación: centralidad del capital ficticio, movimientos de concentración y centralización de capitales y disputas sobre fondos públicos. Nuestro referencial teórico es el materialismo histórico y dialéctico. Buscamos intersecarse la producción académica que discute las diversas formas de privatización del sector educativo, em sus distintos contextos, y la bibliografía marxista que estudia el capitalismo contemporáneo y sus crises recientes. Para el análisis, presentamos un estudio acerca de la actuación de la Somos Educação en el período de 2010 a 2018, demostrando que esa compañía constituí un caso emblemático para flagrar la lógica reciente de la privatización y la expansión de la financiarización para la educación básica. Se trata de una investigación documental. Las informaciones fueron recogidas en documentos publicados por la compañía y sus controladores – Grupo Abril, Tarpon y Kroton/Cogna –, por BM&FBovespa y por los medios de comunicación nacionales e internacionales. Observamos que la financiarización de las actividades de grupos como Somos aumenta sus ganancias, intensifica su presencia y su controle sobre la educación pública.
Descrição
Palavras-chave
Educação, Privatização, Financeirização, Capital fictício, Somos educação, Education, Privatization, Financialization, Fictitious Capital, Somos educação, Educación, Privatización, Financiarización, Capital ficticio, Somos educação
Citação
GALZERANO, Luciana Sardenha. A educação vai ao mercado financeiro: somos educação em debate. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 21, p. e021041. 2021. https://doi.org/10.20396/rho.v21i00.8660130. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8660130. Acesso em: 2023-05-15