A origem da vida: uma análise sobre a natureza da ciência em um vídeo educativo do YouTube
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Tipo
Artigo
Classficação
Nível metodológico
Data
2019
Título do Períodico
ACTIO: Docência em Ciências
ISSN
2525-8989
Página(s)/e-location
58-76
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Curitiba, PR
4
3
set./dez
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Coleções
Resumo
This article aims to analyze what are the views on the nature of Science and the construction of scientific knowledge are present in aneducationalvideo about the Origin of Life, in a channel of the educational video platform YouTube Edu, constituting a clipping of a PhD research in progress. Given the exponential increase in the use of videolessons by high school students, it is important to understand how the circulation and use of these educational products occurs. The literature review pointed to an absence of studies on audiovisual channels that had as their reference the originof life theme or that investigated how scientific controversies circulate in these videochannels. The work uses as theoretical reference the epistemology of Thomas SamuelKuhn (2017). We made a cut of the first sixteen minutes of the videolesson OriginofLife (ORIGEM, 2012), posted on the Total Biology Channel, by Professor Jubilut and proceeded to decoup(deconstruction)the video. Decoupage corresponds to a decomposition of the videointo its constitutive elements, so that the “deconstruction of the film is equivalent to the description.” (VANOYE; GOLIOT-LÉTÉ, 2012, p. 14). The results of the analysis show that the videolecture treats the subject very similar to that found in the biology textbooks. The teacher makes many statements, leaving no room for reflection, to think other hypotheses, reducing the work of Science and scientists. Video lesson analysis points out some problems about the work of scientists and the nature of Science. We could conclude that there is a predominance of the inductivist empiricalconception in the analyzed video, which agrees with other research Works that analyzed the conceptions of Scienceteachers (GIL-PÉREZ et al.2001; SCHEID et al., 2007). These questions can have a negative impact on science education, especially regarding the most controversial, controversial topics.
No presente artigo, tem-se como objetivo analisar quais são as visões sobre a natureza da ciência e a construção do conhecimento científico, presente em um vídeo educativo sobre a origem da vida, em um canal da plataforma YouTube Edu. Trata-se de um recorte da pesquisa de doutorado em andamento. Diante do aumento exponencial do uso de videoaulas por estudantes de ensino médio, considera-se importante entender como ocorre a circulação e o uso desses produtos educativos. A revisão de literatura apontou uma ausência de estudos sobre canais de audiovisuais que tivessem como referente o tema da origem da vida ou que investigassem como as controvérsias científicas circulam nesses canais de vídeo. Para o trabalho, utiliza-se como referencial teórico a epistemologia de Thomas Samuel Kuhn. Foi realizado um recorte dos primeiros dezesseis minutos da videoaula Origem da Vida, postado no Canal Biologia Total do professor Jubilut e se procedeu à decupagem (desconstrução) do vídeo, que corresponde a sua decomposição em seus elementos constitutivos. Os resultados das análises mostram que a videoaula trata o tema de forma muito semelhante àquela encontrada nos livros didáticos de biologia. O professor faz muitas afirmativas, não deixando espaço para reflexão nem para pensar em outras hipóteses, reduzindo o trabalho da ciência e dos cientistas. A análise da videoaula aponta alguns problemas a respeito do trabalho dos cientistas e sobre a natureza da ciência. Pode-se concluir que há uma predominância da concepção empírico-indutivista no vídeo analisado, o que ratifica outros trabalhos de pesquisa que analisaram as concepções de professores de ciências. Essas questões podem repercutir negativamente no ensino de ciências, principalmente com relação aos temas mais polêmicos e controversos.
No presente artigo, tem-se como objetivo analisar quais são as visões sobre a natureza da ciência e a construção do conhecimento científico, presente em um vídeo educativo sobre a origem da vida, em um canal da plataforma YouTube Edu. Trata-se de um recorte da pesquisa de doutorado em andamento. Diante do aumento exponencial do uso de videoaulas por estudantes de ensino médio, considera-se importante entender como ocorre a circulação e o uso desses produtos educativos. A revisão de literatura apontou uma ausência de estudos sobre canais de audiovisuais que tivessem como referente o tema da origem da vida ou que investigassem como as controvérsias científicas circulam nesses canais de vídeo. Para o trabalho, utiliza-se como referencial teórico a epistemologia de Thomas Samuel Kuhn. Foi realizado um recorte dos primeiros dezesseis minutos da videoaula Origem da Vida, postado no Canal Biologia Total do professor Jubilut e se procedeu à decupagem (desconstrução) do vídeo, que corresponde a sua decomposição em seus elementos constitutivos. Os resultados das análises mostram que a videoaula trata o tema de forma muito semelhante àquela encontrada nos livros didáticos de biologia. O professor faz muitas afirmativas, não deixando espaço para reflexão nem para pensar em outras hipóteses, reduzindo o trabalho da ciência e dos cientistas. A análise da videoaula aponta alguns problemas a respeito do trabalho dos cientistas e sobre a natureza da ciência. Pode-se concluir que há uma predominância da concepção empírico-indutivista no vídeo analisado, o que ratifica outros trabalhos de pesquisa que analisaram as concepções de professores de ciências. Essas questões podem repercutir negativamente no ensino de ciências, principalmente com relação aos temas mais polêmicos e controversos.
Descrição
Palavras-chave
Video channels, Nature of Science, History of Science, Science teaching, canais de vídeo, natureza da ciência, história da ciência, ensino de ciências
Citação
KARAT, Marinilde Tadeu; GIRALDI, Patrícia Montanari. A origem da vida: uma análise sobre a natureza da ciência em um vídeo educativo do YouTube. ACTIO: Docência em Ciências , Curitiba, PR, v.4, n. 3, p. 58-76, set./dez. 2019. http://doi.org/10.3895/actio.v4n3.9399. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/9399. Acesso: 2021-07-26