Classes sociais, campo, grupos: contribuições para pensar a função social da escola
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Tipo
Dossiê
Classficação
Nível teórico
Data
2015
Título do Períodico
ETD - Educação Temática Digital
ISSN
1676-2592
Página(s)/e-location
633-652
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas, SP
17
3
set./dez.
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Coleções
Resumo
To approach the social relations occurring in the school, this article proposes widening the economic perspective on the concept of “social classes”, privileging the richness of social interactions occurring in school’s everyday life, due mainly to the intensity of symbolic exchanges in this environment. As a reference, we adopted the Bourdieusian concept of “field”, in which various forms of capital (economic, cultural, social, and symbolic) circulate, engendering material and symbolic struggles. The text starts with conceptions of the “social role of school” according to various authors (Dewey, Durkheim, Parsons, Pistrak) until the French context of the 1970’s, in which Bourdieu affirms the idea of schools as entities that reproduce the society of classes, therefore, a place of class struggles. This discussion allows reflecting about inclusion/exclusion in the school and pointing to exclusion as a “societarian paradigm” in which there are social divisions with dominant and dominated elements, both economically and symbolically. In pursuit of a way to understand the social role of school beyond the economic dimension of classes, and taking into account the inclusion-exclusion relationship, we emphasize a symbolic perspective to the school environment founded on the notion of “field”, with attention to “groups”. We affirm the necessity of seeking a theoretical framework that can better explain the social relations between various agents/groups, social context, and school culture. By way of conclusion, we point to the fruitfulness of approximating Bourdieu’s sociology to the psychosocial perspective of Moscovici’s theory of social representations in order to explain the material and symbolic relations occurring in the school.
Para tratar de las relaciones sociales que ocurren en la escuela, el presente artículo propone ampliar la perspectiva económica del concepto de “clases sociales”, privilegiando la riqueza de las interacciones sociales que tienen lugar en el día a día escolar, a causa, principalmente, de la intensidad de intercambios simbólicos presentes en este espacio. Se toma como referencia el concepto bourdieusiano de “campo”, en el que circulan diversas formas de capital (económico, cultural, social y simbólico) que originan luchas materiales y simbólicas.El texto tiene como punto de partida concepciones de “función social de la escuela” de diferentes autores (Dewey, Durkheim, Parsons, Pistrak) para llegar alcontexto francés de los años 1970, en el que Bourdieu defiende la idea de la escuela reproductora de la sociedad de clases; por tanto, lugar de lucha de clases. Esta discusión permite reflexionar acerca de la inclusión/exclusión en la escuela y distinguir la exclusión como “paradigma societario” que comprende divisiones sociales con dominantes y dominados, tanto económicamente como simbólicamente.Buscando un modo de entender la función social de la escuela más allá de la dimensión económica de las clases y teniendo en cuenta la relación inclusión-exclusión, se enfatiza una mirada simbólica hacia el espacio escolar con fundamentación en la noción de “campo”, con atención a los “grupos”. Se defiende la necesidad de buscar un referente teórico que explique mejor las relaciones sociales entre diversos agentes/grupos, contexto social y cultura escolar. A modo de conclusión, se indica la fecundidad de la aproximación entre la sociología de Bourdieu y la perspectiva psicosocial de la teoría moscoviciana de las representaciones sociales para explicar las relaciones materiales y simbólicas que ocurren en la escuela.
O presente artigo tem como ponto de partida a crítica de Bourdieu ao conceito marxiano de “classes sociais”, quando o autor propõe a “teoria dos campos”. Considerando o universo escolar marcado pela presença de diversidades humanas que, nos planos material e simbólico, podem provocar divisões, relações de poder, exclusões, apresenta-se aqui uma perspectiva teórica para a abordagem da instituição escolar que permite ampliar reflexões sobre sua função social. Três aspectos centrais são abordados: a) a relação entre dominação e classes sociais na função social da escola; b) a exclusão social como paradigma societário e sua relação com a escola; c) as concepções de “campo” e de “grupo” em Bourdieu, como alternativa para avançar a concepção econômica de classes sociais no contexto escolar. O artigo procura mostrar que, na busca pela escola da diversidade e heterogênea, o conceito de “classe social” é insuficiente para explicar a riqueza das interações sociais que ocorrem no cotidiano escolar, devido, principalmente, à intensidade das trocas simbólicas presentes neste espaço. Defende-se a necessidade de buscar um referencial teórico que explique melhor as relações sociais entre diversos agentes/grupos, contexto social e cultura escolar. À guisa de conclusão, indica-se a fecundidade da aproximação entre a sociologia de Bourdieu e a perspectiva psicossocial da teoria moscoviciana das representações sociais para explicar as relações materiais e simbólicas que ocorrem na escola.
Para tratar de las relaciones sociales que ocurren en la escuela, el presente artículo propone ampliar la perspectiva económica del concepto de “clases sociales”, privilegiando la riqueza de las interacciones sociales que tienen lugar en el día a día escolar, a causa, principalmente, de la intensidad de intercambios simbólicos presentes en este espacio. Se toma como referencia el concepto bourdieusiano de “campo”, en el que circulan diversas formas de capital (económico, cultural, social y simbólico) que originan luchas materiales y simbólicas.El texto tiene como punto de partida concepciones de “función social de la escuela” de diferentes autores (Dewey, Durkheim, Parsons, Pistrak) para llegar alcontexto francés de los años 1970, en el que Bourdieu defiende la idea de la escuela reproductora de la sociedad de clases; por tanto, lugar de lucha de clases. Esta discusión permite reflexionar acerca de la inclusión/exclusión en la escuela y distinguir la exclusión como “paradigma societario” que comprende divisiones sociales con dominantes y dominados, tanto económicamente como simbólicamente.Buscando un modo de entender la función social de la escuela más allá de la dimensión económica de las clases y teniendo en cuenta la relación inclusión-exclusión, se enfatiza una mirada simbólica hacia el espacio escolar con fundamentación en la noción de “campo”, con atención a los “grupos”. Se defiende la necesidad de buscar un referente teórico que explique mejor las relaciones sociales entre diversos agentes/grupos, contexto social y cultura escolar. A modo de conclusión, se indica la fecundidad de la aproximación entre la sociología de Bourdieu y la perspectiva psicosocial de la teoría moscoviciana de las representaciones sociales para explicar las relaciones materiales y simbólicas que ocurren en la escuela.
O presente artigo tem como ponto de partida a crítica de Bourdieu ao conceito marxiano de “classes sociais”, quando o autor propõe a “teoria dos campos”. Considerando o universo escolar marcado pela presença de diversidades humanas que, nos planos material e simbólico, podem provocar divisões, relações de poder, exclusões, apresenta-se aqui uma perspectiva teórica para a abordagem da instituição escolar que permite ampliar reflexões sobre sua função social. Três aspectos centrais são abordados: a) a relação entre dominação e classes sociais na função social da escola; b) a exclusão social como paradigma societário e sua relação com a escola; c) as concepções de “campo” e de “grupo” em Bourdieu, como alternativa para avançar a concepção econômica de classes sociais no contexto escolar. O artigo procura mostrar que, na busca pela escola da diversidade e heterogênea, o conceito de “classe social” é insuficiente para explicar a riqueza das interações sociais que ocorrem no cotidiano escolar, devido, principalmente, à intensidade das trocas simbólicas presentes neste espaço. Defende-se a necessidade de buscar um referencial teórico que explique melhor as relações sociais entre diversos agentes/grupos, contexto social e cultura escolar. À guisa de conclusão, indica-se a fecundidade da aproximação entre a sociologia de Bourdieu e a perspectiva psicossocial da teoria moscoviciana das representações sociais para explicar as relações materiais e simbólicas que ocorrem na escola.
Descrição
Palavras-chave
School, Social Class, Groups, Pierre Bourdieu, Symbolic Exchanges, Escuela, Clase Social, Grupos, Pierre Bourdieu, Intercambios Simbólicos, Escola, Classe social, Grupos, Pierre Bourdieu, Trocas simbólicas
Citação
LIMA, Rita de Cássia Pereira; CAMPOS, Pedro Humberto Faria. Classes sociais, campo, grupos: contribuições para pensar a função social da escola. ETD - Educação Temática Digital , Campinas, SP, v.17, n. 3, p. 633-652, set./dez. 2015. https://doi.org/10.20396/etd.v17i3.8638223. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8638223. Acesso: 2021-07-26