Educação e Pesquisa

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Educação e Pesquisa é uma revista da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. A partir de 2018, é editada de forma contínua em volume único anual. Aceita, para publicação, artigos inéditos na área educacional resultantes de pesquisa de caráter teórico ou empírico, bem como revisões da literatura de pesquisa educacional. Tem sido editada ininterruptamente desde 1975, originalmente como Revista da Faculdade de Educação e com o título atual desde 1999. Passa a ser uma publicação apenas on-line em 2017.

Descrição

  • Mantenedor: USP
  • Tipo: IESE
  • Região: Sudeste
  • Cidade: São Paulo | SP
  • ISSN: 1678-4634
  • Qualis: A1
  • Periodicidade: Publicação Contínua
  • E-mail: revedu@usp.br
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      Pesquisa-formação com mini-histórias na educação infantil
      (2022) CONTE, Elaine; CARDOSO, Cristiele Borges dos Santos
      O trabalho discute ações com mini-histórias no cotidiano pedagógico sob a perspectiva de situações empíricas e narrativas de professores da Educação Infantil. Trata-se de investigar, a partir da análise de algumas experiências propostas por meio de um curso de extensão, de que forma é possível sustentar um processo formativo mediado por mini-histórias. O texto relata algumas experiências desenvolvidas entre 2017 a 2020 voltadas para práticas com mini-histórias na Educação Infantil. Discute, por meio da pesquisa-formação, o campo sensível do agir pedagógico, para contextualizar as práticas de mini-histórias na criação de registros éticos, estéticos e formativos. As mini-histórias se configuram como formas de fazer, ver, ser e narrar o cotidiano infantil, além de servir à documentação pedagógica, partindo da experiência sensível de aprender com as crianças. A construção de relações pedagógicas por meio de mini-histórias, a partir das referências e contradições em tempos de pandemia, fez emergir o desenvolvimento humano com valores e experiências próprias da cultura da infância. Os resultados da avaliação conjunta das propostas realçam o desconhecimento dessa forma de comunicação na Educação Infantil, conjugando o inédito viável.
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      A oferta da educação infantil no setor privado: direito ou negócio
      (2022) SILVA, Denise Madeira de Castro e
      O artigo analisa as repercussões da oferta da educação infantil no setor privado, a partir da obrigatoriedade da pré-escola, no município de Caxias do Sul no Estado do Rio Grande do Sul, considerando as implicações das redefinições entre os setores público e privado. A pesquisa se caracterizou como um estudo qualitativo em educação, na qual foram realizadas 19 entrevistas compreensivas, que são consideradas ao mesmo tempo um método e uma técnica, valendo-se também de pesquisa documental. A discussão e análise dos dados permitiram desenvolver uma caracterização da educação infantil no município estudado e evidenciar a constituição de uma rede de negócios, impulsionada pela compra de vagas no setor privado e pelas judicializações para essa etapa educativa. Desse modo, o direito à educação, entendido como acesso com qualidade a todos, em instituições estatais que cuidem e eduquem as crianças, sem considerá-las como parte integrante de um negócio, pode estar fragilizado, indicando um direcionamento a sua privatização. Conclui-se que o sentido público da educação pode estar esmaecendo, uma vez que as estratégias municipais para a sua oferta alinham-se a processos privatizantes em uma lógica mercantil que posiciona o cidadão de direito à um cliente. Reitera-se que o direito à educação deve estar fundamentado nos princípios de laicidade, gratuidade e qualidade, acessível a todos e previsto constitucionalmente, pois não basta assegurar o acesso, mas a oferta equânime a todas as crianças.
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      Documentação pedagógica em uma experiência formativa na educação infantil: um olhar para o princípio estético
      (2022) PANDINI-SIMIANO, Luciane;  LISBOA, Anna Carla Luz
      O presente texto tematiza a documentação pedagógica e o princípio estético estabelecido nas diretrizes da educação infantil. Tem por objetivo analisar em que medida o percurso de documentar contribui para ampliar a sensibilidade, a produção de sentidos e as possibilidades de viver em companhia na educação infantil. A pesquisa, desenvolvida em uma perspectiva qualitativa, parte da seguinte questão: o gesto de documentar sensibiliza as professoras para o encontro e o viver junto na educação infantil? O estudo realizado no âmbito do mestrado em educação teve como sujeitos um grupo de dez professoras que atuam na educação infantil e que participaram de uma experiência formativa realizada a partir de um curso de extensão tecido pelo percurso de documentar. A observação participante, registros escritos, fotográficos, audiovisuais, as documentações e, sobretudo, o estar junto com as professoras foram os instrumentos de pesquisa. A partir do diálogo entre as diretrizes normativas e diferentes autores, destaca-se o princípio estético no gesto de documentar, porque o encontro com o sensível permite o alargamento de fronteiras, a possibilidade de afetação e a busca por significados e sentidos nas relações tecidas entre crianças e adultos no cotidiano educativo. A experiência formativa com professoras, construída pela via do percurso de documentar, possibilita questionar pressupostos naturalizados na prática pedagógica, realizando deslocamentos importantes nas formas de ser, estar e viver em companhia na educação infantil.
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      Políticas de democratização do ensino superior e a reprodução de desigualdades sociais: estudo de caso
      (2022) SÁ, Thiago Antônio de Oliveira
      A Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) aderiu ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e à reserva de vagas. Cabe, agora, conhecer o impacto dessas adesões. Assim, o objetivo geral da pesquisa foi conhecer os efeitos da implantação de políticas públicas na Unifal-MG quanto a suas metas democratizantes de ampliação e diversificação de acesso. Para isso, buscaram-se estes objetivos específicos: mensurar a expansão|| qualificar o alunado|| conhecer sua distribuição pelos cursos|| descrever a dinâmica da evasão|| e evidenciar o papel exercido pelas configurações institucionais condutoras da expansão e reguladoras do acesso aos cursos. Investigaram-se os ingressantes da coorte de 2013 de graduação presencial de seus campi-sede, recorrendo-se a métodos quantitativos. Observou-se que seu alunado se expandiu e se diversificou, porém essa diversidade ficou limitada a certas carreiras. As taxas de evasão aumentaram, acometendo sobretudo os novos estudantes, e as configurações institucionais fomentaram uma segmentação interna. Conclui-se que políticas de democratização reproduzem desigualdades porque são acompanhadas de mecanismos que dispõem o público novo, recém-incluído, em vagas menos atraentes. As configurações institucionais condutoras da expansão e reguladoras do acesso contribuíram para a promoção de uma “política de cotas às avessas” e de um acesso dispensável, entregando aos calouros uma situação semelhante à que já têm. Políticas inclusivas conjugadas com conformações que ratificam processos de seleção e eliminação operados pelo sistema de ensino anteriores à universidade preservam um modelo de ensino elitista. Diferenças educativas convertem-se em desigualdades socioeconômicas, e o sistema se legitima sob o mito da democratização. Assim, homologa-se a reprodução.
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      A atualidade de A reprodução de Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron: 50 anos de um legado acadêmico e político
      (2022) KNOBLAUCH, Adriane; MEDEIROS, Cristina Carta Cardoso de
      Este artigo discute o livro de Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino , lançado em 1970, na França. Iniciando por uma localização da obra em seu contexto de origem e suas principais premissas teóricas, restituem-se, na sequência, achados derivados de uma pesquisa empírica realizada com artigos publicados em 2020 que faziam referência a esse texto. Foram analisados 51 artigos, localizados na plataforma Google Acadêmico, que foram tratados a partir da análise de conteúdo. Os artigos demonstraram que, mesmo passados 50 anos da publicação do livro, seu conteúdo ainda é atual e incontornável para observar o sistema de ensino. Foram utilizados conceitos e noções do manuscrito em variados temas e problemas ligados ao campo educacional brasileiro, tais como: a relação entre o desempenho escolar e a origem social dos alunos|| o capital cultural como um patrimônio estimulado e transmitido pela família, capaz de gerar impacto na definição de um trajeto escolar bem-sucedido, ou não|| o papel da escola na reprodução do capital simbólico e o fato de as ações pedagógicas não serem neutras, e sim exemplos de violência simbólica. Finaliza-se o texto com a indicação de que as leituras realizadas da obra de Bourdieu no Brasil sofreram uma alteração significativa ao longo dos últimos anos. A partir do exame da produção científica estudada, foi possível perceber uma outra lógica de apropriação do arcabouço desenvolvido pelo sociólogo, utilizado como instrumental teórico-metodológico em pesquisas de caráter multidisciplinar e multimetodológico.
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