Educação: Teoria e Prática
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A revista Educação: Teoria e Prática é uma publicação do Departamento de Educação - IB e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESP/Câmpus de Rio Claro e tem como missão constituir-se em um importante instrumento para o diálogo crítico e discussão entre professores, pesquisadores, especialistas em educação e alunos. Ao longo de sua existência foi fortalecendo seu propósito acadêmico no que concerne à produção de conhecimentos de cunho interdisciplinar deslocando-se da inserção local, para regional, para nacional, com vistas à inserção internacional.
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Navegando Educação: Teoria e Prática por Classificação "Nível epistemológico"
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- ItemCidadania nas políticas de currículo da educação em ciências: conduta padrão, diferença e hospitalidade incondicional(2024) PIMENTEL JÚNIOR, ClívioO propósito deste artigo é problematizar as configurações discursivas que entrelaçam as significações de participação social, de conhecimento científico e de exercício da cidadania na política padrão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), focalizando a área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias voltada ao Ensino Médio, Partindo de uma implicação epistemológica pós-estrutural discursiva, lança mão das meditações desconstrutivas de Derrida, sobretudo da noção filosófica de hospitalidade incondicional e seu comprometimento com a alteridade radical, para pensar as implicações curriculares do que pode significar a instituição de padrões de aprendizagem para o uso social do conhecimento científico na política da BNCC voltada à educação em ciências, Nesse itinerário, ao aprofundar a discussão sobre a diferença na teorização curricular, desenvolve o argumento de que a fixação pragmática da relação entre o conhecimento científico, a participação social, o exercício da cidadania e a consequente projeção de padrões comportamentais aos sujeitos conduz a pensar no gesto universalista em instituir conduta padrão por meio da aprendizagem escolar de ciências, Defende-se que a noção de hospitalidade incondicional, ao colocar a relação infinita com a alteridade inesperada e a abertura do currículo à diferença no centro do debate, possibilita, ao mesmo tempo, problematizar os limites da representação universalista da identidade cidadã na política de currículo da BNCC, como também pensar em uma política não determinista de currículo, de conhecimento e de participação social, provocando rachaduras nas operações discursivas que circunscrevem padrões sobre o que significa ser cidadão na educação em ciências,
- ItemDifférance e contingência na política curricular de Ensino Médio de Mato Grosso: a positividade falida do Projeto de Vida na formação para o autoconhecimento(2024) CUNHA, Érika Virgílio Rodrigues da; OLIVEIRA, Leidiane Francisca de; CASTRO, Tiago RodriguesEm atenção à proposta ensejada neste dossiê, aproximamos as noções de différance e de contingência, tal como pensadas, respectivamente, por Jacques Derrida e Ernesto Laclau, com o objetivo de des-sedimentar sentidos de Projeto de Vida esteados como incontornáveis no que se refere a formar o jovem na política curricular para o Ensino Médio de Mato Grosso, Introdutoriamente, contextualizamos a pesquisa que dá corpo à discussão, Na segunda seção, ancoramos a abordagem teórica pós-estrutural à différance e pós-fundacional à contingência, A política é problematizada na terceira seção com a leitura do Manual do Professor e da Live Boas Práticas, orientações direcionadas ao trabalho com o Projeto de Vida nas escolas de Ensino Médio de Mato Grosso, Pontuamos a différance e a contingência no esgarçamento do racionalismo e da fantasia de positividade na política de formação do jovem no Ensino Médio, discutindo que o educar não está relacionado nem com fundamentos racionais nem com positividades idealizadas, mas se encontra nas práticas sociais/discursos de uma coletividade constituída na luta política, de modo que qualquer sentido de formar o jovem proposto como universal não é mais que um ato de poder cujas marcas se encontram sedimentadas, Na conclusão, defendemos uma perspectiva de política curricular radicalmente contextual em que seja considerado o diferir como condição inerradicável do educar,
- ItemDiretrizes curriculares nacionais da educação escolar indígena e quilombola: vislumbrando horizontes curriculares outros(2024) SILVA, Janssen Felipe da; SANTOS, Aline Renata dosO artigo trata das diretrizes curriculares nacionais da educação escolar indígena e quilombola através da lente teórica dos estudos pós-coloniais, Temos como objetivo evidenciar os princípios da educação escolar indígena e quilombola como ferramenta capaz de construir possibilidades de currículos outros que realizem rupturas epistêmicas, sociais, políticas e pedagógicas, Pressupomos que as diretrizes curriculares contribuem para vislumbrarmos horizontes curriculares outros a partir da ótica da diferença étnico-racial, Fazemos uso da pesquisa documental e da análise de conteúdo, Os resultados demonstraram a presença de três princípios da educação escolar indígena e quilombola que orientam as referidas diretrizes, a saber: epistemológicos, sociopolíticos e didático-pedagógicos, Esses princípios decorrem das pressões e das proposições dos movimentos sociais indígena e quilombola, Percebemos, ainda, que as diretrizes curriculares estão fundadas em identidades em políticas, pois desvelam os mecanismos opressores e são propositivas de modelos curriculares outros próximos da descolonização curricular, Por fim, destacamos que tratar de políticas curriculares é evidenciar a diferença colonial e, nela, as feridas coloniais, compreendendo tais políticas enquanto fruto de pensamentos de fronteiras,
- Item“Tem mais presença em mim o que me falta”: a política para o Novo Ensino Médio e o cotidiano de três escolas públicas da rede estadual da Paraíba(2024) RODRIGUES, Ana Cláudia da Silva; ALVES, Miriam Fábia; SÜSSEKIND, Maria LuizaCom o intuito de contribuir para as discussões acerca da Política Curricular do “novo” Ensino Médio, objetivamos apresentar reflexões sobre a pesquisa que desenvolvemos a fim de compreender como os praticantespensantes de instituições que ofertam essa etapa de ensino subvertemconstroem seus processos curriculares e criam/recriam/compartilham conhecimentossignificações em instituições da rede estadual da Paraíba, Metodologicamente, operamos com os cotidianos como “espaçotempo de produção/criação/invenção de conhecimentos – e de currículos” (Oliveira; Süssekind, 2017, p, 1) e enredamos, por meio das conversas complicadas (Pinar, 2007; 2016; 2017), os saberes produzidos e desconsiderados pelas políticas curriculares, Destacamos que esses conhecimentos vão muito além das prescrições de conteúdos, são tecidos no âmbito das experiências possíveis, nas atitudes e ações de professores e estudantes que dão existência a um currículo criado no chão da escola, Essas tessituras entre fios (conversas) e nós (políticas curriculares) se convertem em tramas que representam as resistências necessárias, pois transgridem as imposições dos conteúdosdisciplinasgrades (Süssekind, Gomes, Cavalcante, Tkotz, 2023) e possibilitam outros enlaces presentes nas universidades-escolas e que faltam à política para o “novo” Ensino Médio,
- ItemVozes ressoantes: o currículo vivenciado por mulheres negras cotistas no Ensino Superior(2024) OLIVEIRA, Andresa Fernanda Almeida de; OLIVEIRA, Ozerina Victor deAs Políticas de Ações Afirmativas (PAAs) têm demonstrado efeitos positivos nas Instituições de Ensino Superior (IES), onde estudantes negros/as constituem a maioria do corpo discente, Não obstante esse efeito positivo, as mulheres negras têm sido afetadas interseccionalmente por violências produzidas ao longo do tempo (Kilomba, 2019), Entendendo as PAAs como política cultural, indagamos sobre a condição configuradora da presença de mulheres negras cotistas no ensino superior, problematizando processos culturais gerados no currículo de dois cursos de graduação, Pedagogia e Direito, em uma universidade pública, O objetivo que atravessa ambas as pesquisas é dar visibilidade a processos de significação de identidades, mais especificamente de mulheres negras cotistas, fazendo ressoar suas vozes a partir do por elas vivenciado, A análise ocorre sob orientação teórico-metodológica do ciclo de políticas (Ball et al,, 1992; Ball et al,, 2016) articulada à teoria de escrevivência de Evaristo (2017) por meio de entrevista semiestruturada com estudantes negras cotistas dos dois cursos, Exercitamos a escrevivência de movimentos subjetivos de insurgência de duas estudantes negras cotistas que se reposicionam enquanto mulheres negras nessa IES com práticas culturais que reverberam coletivamente em ações que significam e ressignificam suas presenças no currículo,