A escrita de surdos em ambiente internacional de aprendizagem mediado pela LIBRAS

Carregando...
Imagem de Miniatura
Tipo
Artigo
Classficação
Nível metodológico
Data
2018
Título do Períodico
ETD - Educação Temática Digital
ISSN
1676-2592
Página(s)/e-location
1076-1095
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas, SP
20
4
out./dez.
Resumo
This present article intends to reflect on the discursive practices that focused on the process of writing in Portuguese as a second language, undertaken by deaf individuals, in interactive contexts of workshops. For that, a work of collective rewriting of an adventure story was made, based on interdiscursive interactions between sign language and written Portuguese. Investigating the interaction, between deaf participants and listening educators, as an element that characterized the writing process, we analyzed the ways in which the different discursive practices were constituted in a learning environment. At the beginning of the workshops, the listening educator organizes and directs the interactions promoting the development of the expressive skills of the deaf participants, provoking an environment conducive to learning. As mediators in the construction of knowledge, listening educators assume less responsibility in relation to writing, encouraging deaf subjects to increasingly occupy the discursive space. The character of these interactions generates situations favorable to the autonomy of the deaf participants. What was observed in the action recorded was the established displacements: from the educator, as a total support, to the trust deposited in the deaf peers who support themselves towards the protagonism in the production of written language. It should be emphasized that discursive practices and formations in the workshops, aimed at developing the mechanisms of production and understanding of discourses, were materialized through sign language as the basis for written registration.

El presente artículo busca reflexionar sobre las prácticas discursivas que inciden en el proceso de escritura en lengua portuguesa como segunda lengua, emprendidas por sujetos sordos en contextos interacciónales de talleres. Para ello se realiza un trabajo de reescrita colectiva de una historia de aventura, a partir de interacciones inter-discursivas entre la lengua de señales y el portugués escrito. Al investigar la interacción entre los participantes sordos y los educadores oyentes, como elemento que caracteriza el proceso de escritura, se analizan las formas através de las cuales las variadas prácticas discursivas se constituyen en ambiente de aprendizaje. Al inicio de los talleres el educador oyente organiza y dirige las interacciones promoviendo el desarrollo de las competencias expresivas de los participantes sordos, provocando un ambiente propicio al aprendizaje. Los educadores oyentes, como mediadores en la construcción del conocimiento, asumen menos responsabilidad en relación a la escritura, estimulando a los sujetos sordos a ocupar, cada vez más, el espacio discursivo. El carácter de esas interacciones origina situaciones favorables a la autonomía de los participantes sordos. El registro realizado permite observar el desplazamiento ocurrido: del educador como soporte total, a la confianza depositada en los pares sordos que se apoyan rumbo al protagonismo en la producción de la lengua escrita. Se destaca que las prácticas y las formaciones discursivas en los talleres, giradas al desarrollo de los mecanismos de producción y comprensión de los discursos, se concretizan por medio de la lengua de señas como base para el registro escrito.

O presente artigo pretende refletir sobre as práticas discursivas que incidiram no processo de escrita em Língua Portuguesa como segunda língua, empreendido por sujeitos surdos, em contextos interacionais de oficinas. Para tanto, realizou-se um trabalho de reescrita coletiva de uma história de aventura, a partir de interações interdiscursivas entre língua de sinais e o português escrito. Investigando a interação entre participantes surdos e educadores ouvintes como elemento que caracterizou o processo de escrita, analisamos os modos pelos quais as diferentes práticas discursivas se constituíram em ambiente de aprendizagem. No início das oficinas, o educador ouvinte organiza e dirige as interações promovendo o desenvolvimento das competências expressivas dos participantes surdos, provocando um ambiente propício à aprendizagem. Enquanto mediadores na construção do conhecimento, os educadores ouvintes assumem menos responsabilidades em relação à escrita, estimulando os sujeitos surdos a ocuparem cada vez mais o espaço discursivo. O caráter dessas interações gera situações favoráveis à autonomia dos participantes surdos. O que se observou nos movimentos registrados foram os deslocamentos instaurados: do educador como suporte total, à confiança depositada nos pares surdos que se apoiam rumo ao protagonismo na produção de linguagem escrita. Ressalta-se que as práticas e as formações discursivas nas oficinas, voltadas ao desenvolvimento dos mecanismos de produção e compreensão dos discursos, concretizaram-se por meio da língua de sinais como a base para o registro escrito.
Descrição
Palavras-chave
Deafness, Writing, Interaction, Sordera, Escritura, Interacione, Surdez, Escrita, Interação
Citação
ALMEIDA, Djair Lázaro de; LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A escrita de surdos em ambiente internacional de aprendizagem mediado pela LIBRAS. ETD - Educação Temática Digital , Campinas, SP, v.20, n. 4, p. 1076-1095, out./dez. 2018. https://doi.org/10.20396/etd.v20i4.8650291. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8650291. Acesso: 2021-07-07