Acima de tudo, que a escola nos ensine. Em defesa da escola de surdos

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Tipo
Dossiê
Classficação
Nível técnico
Data
2017
Título do Períodico
ETD - Educação Temática Digital
ISSN
1676-2592
Página(s)/e-location
691-704
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas, SP
19
4
out./dez.
Resumo
Struggle has been a condition of the deaf existence. In May 2011, deaf people from all over Brazil took the streets in defense of the deaf school. It was an unprecedented movement in the Brazilian deaf history. Mobilized, deaf intellectuals wrote a letter to the Minister of Education in which the deaf, in tune with their time, stated the right to education that could meet their linguistic and cultural specificities. The mobilization in defense of the school occupied the streets when the National Institute of Deaf Education (INES) was about to be closed. In the letter, the deaf agreed that impaired children and youths should attend school, but disagreed that the inclusive school was the only and the best setting for students to learn. Considering discourses for inclusion, the deaf claimed that they wanted to mingle with other Brazilian citizens; however, above all, they wanted that the school could teach. Grounded on Foucauldian Studies articulated with Deaf Studies in Education, this paper analyzes documents and deaf narratives in defense of the deaf school. Deafness is understood as an experience of subjectivation that is constituted, among other intersections, by the school and the exercises of deaf freedom and living in the school.

La lucha es condición de existencia de los sordos. En mayo de 2011, sordos de todo Brasil salieron a las calles en defensa de la escuela de sordos. Fue un movimiento sin precedentes en la historia de nuestro país. Movilizados, los intelectuales sordos escribieron una carta al Ministro de Educación. En sintonía con su tiempo, ellos afirmaban el derecho a una educación que atendiera sus especificidades lingüísticas y culturales. La movilización en defensa de la escuela ocupó las calles en un momento en que la amenaza de cierre del Instituto Nacional de Educación de Sordos (INES) era inminente. En la carta, los sordos se mostraban de acuerdo en que los niños y jóvenes con deficiencia deberían estar en la escuela, pero rechazaban la idea de que la escuela inclusiva fuera el único y mejor espacio para que los alumnos aprendieran. Frente a los discursos en favor de la inclusión, ellos declaraban su deseo de convivir con los demás ciudadanos brasileros; no obstante, por encima de todo, querían que la escuela enseñase. A partir de los Estudios Foucaultianos articulados con los Estudios Sordos en Educación, se propone analizar documentos y narrativas de los sordos en defensa de la escuela de sordos. Para ello, se parte del entendimiento de la sordera como experiencia de subjetivación constituida, entre otros cruzamientos, por la escuela de sordos y por los ejercicios de libertad y de convivencia entre sordos que en ella tienen lugar.

A luta é condição da existência surda. Em maio de 2011, surdos de todo o Brasil saíram às ruas em defesa da escola de surdos. Foi um movimento sem precedentes em nosso país. Mobilizados, os intelectuais surdos redigiram uma carta ao Ministro da Educação. Em sintonia com seu tempo, eles afirmavam o direito à educação que atendesse às suas especificidades linguísticas e culturais. A mobilização em defesa da escola ocupou as ruas quando era iminente a ameaça do fechamento do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Na carta, os surdos concordavam que crianças e jovens com deficiência deveriam estar na escola, mas discordavam que a escola inclusiva fosse o único e melhor espaço para que os alunos aprendessem. Diante dos discursos pró-inclusão, eles afirmavam quererem conviver com os demais cidadãos brasileiros; porém, acima de tudo, queriam que a escola ensinasse. A partir dos Estudos Foucaultianos articulados aos Estudos Surdos em Educação, propõe-se analisar documentos e narrativas surdas em defesa da escola de surdos. Para tanto, parte-se do entendimento da surdez como experiência de subjetivação constituída, entre outros atravessamentos, pela escola e pelos exercícios de liberdade e de convivência surda entre surdos na escola.
Descrição
Palavras-chave
School, Deaf Education, Experience, Deaf movement, Escuela, Educación de sordos, Experiencia, Movimiento sordo, Escola, Educação de surdos, Experiência, Movimento surdo
Citação
LOPES, Maura Corcini; VEIGA-NETO, Alfredo. Acima de tudo, que a escola nos ensine. Em defesa da escola de surdos. ETD - Educação Temática Digital , Campinas, SP, v.19, n. 4, p. 691-704, out./dez. 2017. https://doi.org/10.20396/etd.v19i4.8648637. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8648637. Acesso: 2021-07-26