A braça de trança, o litro de óleo certin e o prato bem medido: mulheres do campo e as práticas de medir

dc.creatorGROSSI, Flávia Cristina Duarte Pôssas
dc.creatorCOUTINHO, Eliziara Pereira
dc.creatorOLIVEIRA, Angélica de
dc.creatorPAIXÃO, Lucina Soares da
dc.creatorFONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis
dc.creator.orcidhttps://orcid.org/0000-0001-5340-1308
dc.creator.orcidhttps://orcid.org/0000-0003-4471-6484
dc.creator.orcidhttps://orcid.org/0000-0002-2545-8320
dc.date.accessioned2023-09-18T14:33:21Z
dc.date.available2023-09-18T14:33:21Z
dc.date.issued2023
dc.description.abstractEste artigo discuteos modos como mulheres do campo se relacionam com práticas que envolvem medição, registro, operação ou comunicação de medidasetensionam os valores que a matemática hegemônica associa aos procedimentos de medir e às expressões de medida. Para subsidiar essa discussão recorremos à empiria de três estudos desenvolvidos por estudantes da Licenciatura em Educação do Campo e que focalizaram camponesas de diferentes comunidades do interior do estado de Minas Gerais: quatro trançadeiras de palha de coqueiro Indaiá em Morro do Pilar; duas produtoras de óleo de Pequi em Rio Pardo de Minas; e uma comerciante da Feira Livre de Itaobim. Na descrição das atividades dessas mulheresé possível identificar a mobilização de referências a sistemas e expressões de medidas, marcadas pelo contexto cultural camponêse pelas demandasdas comunidades. Por isso, essa mobilização confronta valores associados aos sistemas de medida escolares: a padronizaçãodas unidadese a precisãoda expressão da medida. Nossa análise é apoiada nos estudos sobre apropriação de práticas de numeramento, que destacam a natureza discursiva das práticas matemáticas. Os resultadosapontamcomo o atendimento a necessidades pragmáticas e a valores culturais interpelam a ilusão da universalidade e da neutralidade das práticas matemáticas. Além disso,reiterama necessidade deconsiderarna abordagem escolar a dimensão pragmática dessas práticas e o caráter cultural dos valores que a elas se associampt_BR
dc.description.abstractThis article discusses howrural women relate to practices that involve measuring, recording, operating or communicating measuresandchallenge the values that hegemonic mathematics associates with measuring procedures andexpressions. To support this discussion, we resorted to theempirical data of three studies developed byundergraduatesin the Rural Education Teaching Degree, which focused on women from different communities in the countrysideof the state of Minas Gerais, Brazil: four Indaiá coconut straw braiders fromMorro doPilar; two Pequi oil producers in Rio Pardo de Minas; and a vendor at the Itaobim StreetFair.In the description of these women's activities, we can identifythe mobilization of references to measurement systems and expressions, marked by boththe ruralcultural context and the demands of the communities.Therefore, this mobilizationconfrontsvalues associated with school measurement systems: the standardization of units and the precision of measurement expressions. Our analysis is supported by studies on numeracy practices appropriation, which highlight the discursive nature of mathematical practices.The results pointout how meeting pragmatic needs and cultural values challenge the illusion of universality and neutrality of mathematical practices. Furthermore, they reiterate the need toconsider in the school approach the pragmatic dimension of these practices and thecultural characterof values associated with themen_US
dc.description.noteDossiê Temático: Educação matemática em diálogo com a Educação do Campo, Indígena e Quilombola e em outros contextos socioculturais afirmativos
dc.fonte.cidadeFlorianópolis
dc.fonte.numero1
dc.fonte.volume18
dc.format.medium1–21
dc.identifier.citationGROSSI, Flávia Cristina Duarte Pôssas; COUTINHO, Eliziara Pereira; OLIVEIRA, Angélica de; PAIXÃO, Lucina Soares da; FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis. A braça de trança, o litro de óleo certin e o prato bem medido: mulheres do campo e as práticas de medir. Revemat: Revista Eletrônica de Educação Matemática, Florianópolis, v. 18, n. 1, p. 1–21. 2023. https://doi.org/10.5007/1981-1322.2023.e90947. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/90947/52693. Acesso em: 2023-09-18
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.5007/1981-1322.2023.e90947
dc.identifier.issn1981-1332
dc.identifier.urihttps://edubase.sbu.unicamp.br/handle/EDUBASE/9522
dc.identifier.urlhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/90947/52693
dc.languageptpt_BR
dc.languageenen_US
dc.subjectMulheres camponesaspt_BR
dc.subjectPráticas de numeramentopt_BR
dc.subjectPadronização e precisão das medidaspt_BR
dc.subjectRural womenen_US
dc.subjectNumeracy practicesen_US
dc.subjectMeasurement standardizationand precisionen_US
dc.subject.classificationNível teórico
dc.terms.titleRevemat: Revista Eletrônica de Educação Matemática
dc.titleA braça de trança, o litro de óleo certin e o prato bem medido: mulheres do campo e as práticas de medir
dc.typeDossiê
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