A infância no fio da navalha: construção teórica como agir ético

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Tipo
Artigo
Classficação
Nível teórico
Data
2018
Título do Períodico
ETD - Educação Temática Digital
ISSN
1676-2592
Página(s)/e-location
761-780
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas, SP
20
3
jul./set.
Resumo
The debate on ethics in Human and Social Science research, particularly research concerning children, is an important theme in the Brazilian context. The study of the conditions under which researchers interact with subjects participating in the research has also played a central role. Given this focus, our intention is to bring to the center of the debate the ethical dimension present in the theory itself. That is, our intention is to conceive theory as an ethical action. We assume that research in the Human Sciences always involves an other, even when no fieldwork is involved, or in what the systematized knowledge by humanity already offers us as a perspective, or in what we inaugurate with our own thinking. To think in this sense is an ethical action, in so far as it implies the other and the adoption of a position with respect to this other. Who is the other-child for childhood researchers? What ethical implications are necessary when we put ourselves to think about childhood? Why think of childhood? For what purpose? What is the place of children in the theory we produce about them? In this paper, we pursue these questions based on the tension that exists between participation and guardianship, protection and authorship. In addition we will reflect on experiences of alterity between children and adults in social life that are put in check in the theoretical make, since theorizing implies not only describing the social world, but also reinstating it.

El debate sobre la ética en la investigación en Ciencias Humanas, particularmente en la investigación con niños y niñas, es un asunto candente en el contexto brasileño. Esta problemática junto a la de las condiciones de interlocución del investigador con los sujetos que participarán de su investigación han ocupado un papel central. Frente a estas cuestiones, nuestro propósito es traer al centro del debate la dimensión ética que está presente en la propia teoría como un hacer ético. Consideramos que la investigación en Ciencias Humanas siempre implica un Otro, incluso cuando no se haya previsto un trabajo de campo. El Otro está incrustado en la teoría, tanto desde la perspectiva del conocimiento sistematizado por la humanidad que se nos ofrece como punto de partida, como en aquello que inauguramos con nuestro propio pensar. Pensar, en este sentido, es un hacer ético, en la medida en que implica un Otro y un posicionamiento sobre este Otro. ¿Quién es el otro-niño para el investigador de la infancia? ¿Qué implicaciones éticas se imponen cuando nos disponemos a pensar la infancia? ¿Por qué pensar la infancia? ¿Para qué? ¿Cuál es el lugar de las niñas y los niños en la teoría que producimos sobre ellos? En este artículo vamos a abordar estas indagaciones a partir de la tensión que se da entre participación y tutela, protección y autoría, experiencias de alteridad entre niños, niñas y adultos en la vida social, que ponen en jaque el hacer teórico dado que teorizar no implica sólo describir el mundo social sino también instaurarlo.

O debate sobre a ética na pesquisa em Ciências Humanas, mais particularmente na pesquisa com crianças, é um tema candente no contexto brasileiro, assim como as condições de interlocução do pesquisador com os sujeitos que participarão de sua pesquisa têm ocupado um papel central. Considerando esse foco, nossa intenção é trazer para o centro do debate a dimensão ética que se faz presente na própria teoria, isto é, conceber a teoria como um agir ético. Partimos do pressuposto de que a pesquisa em Ciências Humanas sempre implica um outro, mesmo que não haja previsão de um trabalho de campo. O outro está incrustrado na teoria, seja naquilo que o conhecimento sistematizado pela humanidade já nos oferece como perspectiva de visada, seja naquilo que inauguramos com o nosso próprio pensar. Pensar, neste sentido, é um agir ético, na medida em que implica um outro e um posicionamento sobre esse outro. Quem é o outro-criança para os pesquisadores da infância? Que implicações éticas se impõem quando nos colocamos a pensar a infância? Por que pensar a infância? Para quê? Qual o lugar das crianças na teoria que produzimos sobre elas? Neste texto procuraremos perseguir essas indagações a partir da tensão que se dá entre participação e tutela, proteção e autoria, experiências de alteridade entre crianças e adultos na vida social que são postas em xeque no fazer teórico, posto que teorizar não implica apenas em descrever o mundo social, mas também em instaurá-lo.
Descrição
Palavras-chave
Childhood, Ethic, Participation of children, Protection, Infancia, Ética, Participación de los Niños, Protección, Infância, Ética, Participação, Proteção
Citação
PEREIRA, Rita Ribes; GOMES, Lisandra Ogg; SILVA, Conceição Firmina Seixas. A infância no fio da navalha: construção teórica como agir ético. ETD - Educação Temática Digital , Campinas, SP, v.20, n. 3, p. 761-780, jul./set. 2018. https://doi.org/10.20396/etd.v20i3.8649227. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8649227. Acesso: 2021-07-07