Ensino médio e superior público de São Paulo: o contraste entre as políticas curriculares meritocráticas e as políticas afirmativas

dc.creatorAVERSA,Vinicius de Oliveira
dc.creatorSOUZA, José Gilberto de
dc.creator.orcidhttps://orcidorg/0000-0003-2894-7434
dc.creator.orcidhttps://orcidorg/0000-0002-5961-714X
dc.date.accessioned2022-07-18T20:14:49Z
dc.date.accessioned2023-08-03T21:00:17Z
dc.date.available2022-07-18T20:14:49Z
dc.date.available2023-08-03T21:00:17Z
dc.date.issued2022
dc.description.abstractO artigo apresenta uma avaliação acerca da importância das políticas de cotas para a democratização do ensino superior. A partir da análise quantitativa são analisadas as diferenças desempenho entre os alunos oriundos de escola pública e escola privada noestado de São Paulo, considerando ainda as declarações étnicas apresentadas, quando da inscrição do sistema de vestibulares da Universidade Estadual Paulista (UNESP). A pesquisa se insere no projeto Escola: neoliberalismo, necropolíticae os processos deresistência, que investiga os dados de exclusão e as resistências sociais que classes e grupos étnicos buscam estabelecer no enfrentamento das políticas neoliberais aplicadas na educação. Examinamos os resultados dos postulantes nas provas de 2010 a 2018,com a finalidade de averiguar qual política determinou o acesso de estudantes egressos das escolas públicas paulistas na universidade pública. Para tanto, foram analisadas as políticas de inclusão adotadas pela UNESP em 2010 e em 2014, em contraponto às políticas curriculares do estado de São Paulo, implementadas sob o discurso de melhoria da escola pública. Demonstramos que o aumento do percentual dos convocados que cursaram o ensino médio em escolas públicas foi ampliado, de 30% em 2010 para 44% em 2018,e esse aumento só foi possível porque o programa de reserva de vagas assegurou o acesso destes candidatos. Destacamos ainda a permanência das diferenças de desempenho entre alunos pretos e brancos e que a política de reserva de vagas produziu um pequeno aumento de convocações de alunos pretos, que estudam majoritariamente em escolas públicas. Estes resultados evidenciam que a luta e as estratégias de organização social das comunidades pretas, na consolidação de políticas afirmativas, são fundamentais para o acesso ao ensino superior público.pt_BR
dc.description.abstractThis study evaluates the importance of quota policies for the democratization of higher education. In a quantitative analysis, we analyzed the differences in performance between students from public and private schools in the state of São Paulo, also considering ethnic self-declarations in applications for the vestibular system of the Universidade Estadual Paulista (UNESP). This research is part of the project School: neoliberalism, necropolitics, and the processes of resistance, which investigates data onexclusion and the social resistance classes and ethnic groups seek to establish in confronting the neoliberal policies applied to education. We examined candidates’ results in the exams from 2010 to 2018 to investigate which policy determined the access of students from public schools in São Paulo to the public university. To this end, we analyzed the inclusion policies adopted by UNESP in 2010 and 2014 in contrast to the curriculum policies of the state of São Paulo, implemented under the discourse of improvingpublic schools. We show that the percentage of vestibular candidates who attended secondary education in public schools increased from 30% in 2010 to 44% in 2018, and that this was only possible because a vacancy reservation program ensured access to these candidates. We also highlight the maintenance of performance differences between Black and white students, and the slight increase, produced by this vacancy reservation policy, in the number of Black students, who mostly come from public schools, admitted to the university. These results show that the struggle and social organization strategies of Black communities, in the consolidation of affirmative policies, are fundamental for their access to public higher education.en_US
dc.description.abstractEl artículo presenta una evaluación de la importancia de las políticas de cuotas para la democratización de la educación superior. A partir de un análisis cuantitativo se analizan las diferencias de rendimiento entre alumnos de la escuela pública y de la escuela privadadel estado de São Paulo, considerando también las declaraciones étnicas presentadas al inscribirse en el sistema vestibular de la Universidade Estadual Paulista (UNESP). La investigación forma parte del proyecto Escuela: neoliberalismo, necropolítica y procesos de resistencia, que investiga los datos de la exclusión y las resistencias sociales que las clases y grupos étnicos buscan establecer para enfrentar las políticas neoliberales aplicadas a la educación. Examinamos los resultados de los postulantes enlos exámenes de 2010 a 2018, con el fin de averiguar qué política determinó el acceso de los estudiantes egresados de las escuelas públicas de São Paulo en la universidad pública. Para ello, se analizaron las políticas de inclusión adoptadas por la UNESP en 2010 y en 2014, en contraposición a las políticas curriculares del estado de São Paulo, implementadas bajo el discurso de la mejora de la escuela pública. Demostramos que el aumento del porcentaje de quienes cursaron el bachillerato en escuelas públicasse amplió, pasando del 30% en 2010 al 44% en 2018, y este aumento sólo fue posible porque el programa de reserva de plazasgarantizó el acceso de estos candidatos. También destacamos la permanencia de las diferencias de rendimiento entre los alumnos negros y blancos y que la política de reserva de plazas produjo un pequeño aumento de las convocatorias de alumnos negros, que estudian mayoritariamente en centros públicos. Estos resultados muestran que la lucha y las estrategias de organización social de las comunidades negras, en la consolidación de las políticas afirmativas, son fundamentales para el acceso a la educación superior pública.es_ES
dc.fonte.cidadeUberlândia
dc.fonte.mesjan./abr.
dc.fonte.numero1
dc.fonte.volume11
dc.format.medium142-160
dc.identifier.citationAVERSA,Vinicius de Oliveira; SOUZA, José Gilberto de. Ensino médio e superior público de São Paulo: o contraste entre as políticas curriculares meritocráticas e as políticas afirmativas. Revista Educação e Políticas em Debate, Uberlândia, v. 11, n. 1, p. 142-160, jan/abr. 2022. https://doi.org/10.14393/REPOD-v11n1a2022-64906. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/64906/33485. Acesso em: 2022-07-18
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.14393/REPOD-v11n1a2022-64906
dc.identifier.issn2238-8346
dc.identifier.urihttps://edubase.sbu.unicamp.br/handle/EDUBASE/6396
dc.identifier.urlhttps://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/64906/33485
dc.languageptpt_BR
dc.subjectDesempenho escolarpt_BR
dc.subjectAção afirmativapt_BR
dc.subjectAcesso ao ensino superiorpt_BR
dc.subjectPolítica de cotaspt_BR
dc.subjectSchool performanceen_US
dc.subjectAffirmative Actionen_US
dc.subjectAccess to higher educationen_US
dc.subjectQuota policyen_US
dc.subjectRendimiento escolares_ES
dc.subjectAcción afirmativaes_ES
dc.subjectAcceso a la educación superiores_ES
dc.subjectPolítica de cuotases_ES
dc.subject.classificationNível teórico
dc.terms.titleRevista Educação e Políticas em Debate
dc.titleEnsino médio e superior público de São Paulo: o contraste entre as políticas curriculares meritocráticas e as políticas afirmativas
dc.typeArtigo
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