Desenvolvimentos da internacionalização da educação superior no Brasil : da mobilidade acadêmica internacional à institucionalização do processo na universidade
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Tipo
Dossiê
Classficação
Nível técnico
Data
2020
Título do Períodico
ETD - Educação Temática Digital
ISSN
1676-2592
Página(s)/e-location
672-693
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas, SP
22
3
jul./set.
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Coleções
Resumo
The purpose of this paper is to analyze the recent developments in the internationalization of Brazilian higher education, based on the main government programs aimed at promoting this process from 2011 to 2018. Specifically, three programs are addressed, with greater emphasis on the third: “Science without Borders (SwB)”, from 2011 to 2015; “Languages without Borders (LwB)”, started in 2012; and the “Institutional Internationalization Program (Capes-PrInt)”, started in 2018. The text is developed on the combination of bibliographic and documentary resources and sustains the following arguments: 1. In Brazil, the understanding of internationalization of higher education has evolved from a synonym for international academic mobility, centered on individuals, to a more comprehensive conception of the phenomenon, focused on the transformation of the university institution; 2. Despite the new directions, in the period in evidence, internationalization remains mostly linked to the State's developmental interests; 3. These directions signal that this process has consolidated in the country in a hegemonic way, aligned with the worldwide dominant perspective. After analyzing the three programs, the paper concludes with reflections raised by the perspective of internationalization recently proposed by the federal government to the Federal Higher Education Institutions (IFES) through 'Future-se', with emphasis on three aspects: the threat to the university's administrative autonomy; the interference by foreign bodies in the academic life of the institutions; and the pressures for self-financing due to the diversification of funding sources.
El objetivo de este artículo es analizar los desarrollos recientes en la internacionalización de la educación superior brasileña, con base en los principales programas gubernamentales destinados a promover el proceso de 2011 a 2018. Específicamente, se abordan tres programas, con mayor énfasis en el tercero: “Ciencia sin Fronteras (CsF)”, en vigor desde 2011 hasta 2015; “Idiomas sin Fronteras (IsF)”, implementado en 2012; y el “Programa de Internacionalización Institucional (Capes-PrInt)”, implementado en 2018. El texto se desarrolla con la combinación de recursos bibliográficos y documentales y sostiene los siguientes argumentos: 1. En Brasil, la comprensión de la internacionalización de la educación superior ha evolucionado desde un sinónimo de movilidad académica internacional, centrada en las personas, hasta una concepción más integral del fenómeno, centrada en la transformación de la universidad; 2. A pesar de las nuevas direcciones, la internacionalización sigue principalmente vinculada a los intereses de desarrollo del Estado; 3. Estas direcciones indican que este proceso se consolida en el país de manera hegemónica, en línea con la perspectiva dominante en el mundo. Después del análisis de los tres programas, se concluye el artículo con reflexiones planteadas por la perspectiva de internacionalización recientemente propuesta por el gobierno federal a las Instituciones Federales de Educación Superior (IFES) a través de 'Future-se', con énfasis en tres aspectos: la amenaza de la autonomía administrativa de la universidad, la interferencia de organismos ajenos a la vida académica de la institución y la presión para la autofinanciación por medio de la diversificación de fuentes de financiación.
O objetivo deste artigo é analisar os desenvolvimentos recentes da internacionalização da educação superior brasileira, a partir nos principais programas governamentais direcionados ao fomento do processo no período de 2011 a 2018. Especificamente, três programas são abordados, com maior ênfase no terceiro: o “Ciência sem Fronteiras (CsF)”, vigente de 2011 a 2015; o “Idiomas sem Fronteiras (IsF)”, iniciado em 2012; e o “Programa Institucional de Internacionalização (Capes-PrInt)”, iniciado em 2018. O texto se desenvolve com base na combinação de recursos bibliográficos e documentais e se sustenta nos seguintes argumentos: 1. No Brasil, o entendimento da internacionalização da educação superior tem evoluído de um sinônimo de mobilidade acadêmica internacional, centrada nos indivíduos, para uma concepção mais abrangente do fenômeno, focada na transformação da instituição universitária; 2. A despeito dos novos direcionamentos, no período em evidência a internacionalização permanece majoritariamente atrelada aos interesses desenvolvimentistas do Estado; 3. Tais direcionamentos sinalizam que esse processo se consolida no país de forma hegemônica, em consonância com a perspectiva mundialmente dominante. Após a análise dos três programas, conclui-se o artigo com reflexões suscitadas pela perspectiva de internacionalização recentemente proposta pelo governo federal às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) por meio do ‘Future-se’, com destaque para três aspectos: o comprometimento da autonomia administrativa da universidade, a interferência de órgãos estranhos à vida acadêmica da instituição, e a pressão pelo autofinanciamento decorrente da diversificação das fontes de financiamento.
El objetivo de este artículo es analizar los desarrollos recientes en la internacionalización de la educación superior brasileña, con base en los principales programas gubernamentales destinados a promover el proceso de 2011 a 2018. Específicamente, se abordan tres programas, con mayor énfasis en el tercero: “Ciencia sin Fronteras (CsF)”, en vigor desde 2011 hasta 2015; “Idiomas sin Fronteras (IsF)”, implementado en 2012; y el “Programa de Internacionalización Institucional (Capes-PrInt)”, implementado en 2018. El texto se desarrolla con la combinación de recursos bibliográficos y documentales y sostiene los siguientes argumentos: 1. En Brasil, la comprensión de la internacionalización de la educación superior ha evolucionado desde un sinónimo de movilidad académica internacional, centrada en las personas, hasta una concepción más integral del fenómeno, centrada en la transformación de la universidad; 2. A pesar de las nuevas direcciones, la internacionalización sigue principalmente vinculada a los intereses de desarrollo del Estado; 3. Estas direcciones indican que este proceso se consolida en el país de manera hegemónica, en línea con la perspectiva dominante en el mundo. Después del análisis de los tres programas, se concluye el artículo con reflexiones planteadas por la perspectiva de internacionalización recientemente propuesta por el gobierno federal a las Instituciones Federales de Educación Superior (IFES) a través de 'Future-se', con énfasis en tres aspectos: la amenaza de la autonomía administrativa de la universidad, la interferencia de organismos ajenos a la vida académica de la institución y la presión para la autofinanciación por medio de la diversificación de fuentes de financiación.
O objetivo deste artigo é analisar os desenvolvimentos recentes da internacionalização da educação superior brasileira, a partir nos principais programas governamentais direcionados ao fomento do processo no período de 2011 a 2018. Especificamente, três programas são abordados, com maior ênfase no terceiro: o “Ciência sem Fronteiras (CsF)”, vigente de 2011 a 2015; o “Idiomas sem Fronteiras (IsF)”, iniciado em 2012; e o “Programa Institucional de Internacionalização (Capes-PrInt)”, iniciado em 2018. O texto se desenvolve com base na combinação de recursos bibliográficos e documentais e se sustenta nos seguintes argumentos: 1. No Brasil, o entendimento da internacionalização da educação superior tem evoluído de um sinônimo de mobilidade acadêmica internacional, centrada nos indivíduos, para uma concepção mais abrangente do fenômeno, focada na transformação da instituição universitária; 2. A despeito dos novos direcionamentos, no período em evidência a internacionalização permanece majoritariamente atrelada aos interesses desenvolvimentistas do Estado; 3. Tais direcionamentos sinalizam que esse processo se consolida no país de forma hegemônica, em consonância com a perspectiva mundialmente dominante. Após a análise dos três programas, conclui-se o artigo com reflexões suscitadas pela perspectiva de internacionalização recentemente proposta pelo governo federal às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) por meio do ‘Future-se’, com destaque para três aspectos: o comprometimento da autonomia administrativa da universidade, a interferência de órgãos estranhos à vida acadêmica da instituição, e a pressão pelo autofinanciamento decorrente da diversificação das fontes de financiamento.
Descrição
Palavras-chave
Higher Education, Internationalization, Science without Borders, Languages without Borders, Capes-PrInt, Educación universitaria, Internacionalización, Ciencia sin Fronteras, Idiomas sin Fronteras, Capes-PrInt, Educação Superior, Internacionalização, Ciência sem Fronteiras, Idiomas sem Fronteiras, Capes-PrInt
Citação
KNOBEL, Marcelo; LIMA, Manolita Correia; LEAL, Fernanda Geremias; PROLO, Ivor. Desenvolvimentos da internacionalização da educação superior no Brasil : da mobilidade acadêmica internacional à institucionalização do processo na universidade. ETD - Educação Temática Digital , Campinas, SP, v.22, n. 3, p. 672-693, jul./set. 2020. https://doi.org/10.20396/etd.v22i3.8659332. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8659332. Acesso: 2021-06-29