Ontologia da formação pós-humanista em Heidegger e Foucault

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Tipo
Artigo
Classficação
Nível teórico
Data
2019
Título do Períodico
ETD - Educação Temática Digital
ISSN
1676-2592
Página(s)/e-location
63-83
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas, SP
21
1
jan./mar.
Resumo
Formative educational processes refer to ways of understanding the human being. The broad western philosophical-pedagogical tradition is marked by the concept of the human being as an immovable substance, from which derived the notion of education as a blossoming of ready-made potentialities present in human interiority. This way of thinking justified the vertical relationship between educator and learner, placing exclusively in the hands of older generations the power to decide on the future of younger generations. Drawing on Martin Heidegger's fundamental ontology and Michel Foucault's ontology of the present, this essay seeks to deconstruct the notion of human nature as essence. Divided into three parts, first the essay investigates aspects of the destruction (Destruktion) of the history of the ontology undertaken by Heidegger, presenting his understanding of the human being as historicity. Then, the essay reconstructs the double movement that underpins Foucault's ontology of the present, namely philosophy as critical investigation of the present and simultaneously as a questioning of the subject that investigates this present. Finally, the essay seeks to outline some aspects of the ontology of post-humanist education, evidencing that the historicity of Daseininspired the consideration of minority as a great ontological debt of subjects to themselves. It also states, in this context, how much the transition to adulthood depends on the subjects’ educational work with themselves in their relation of existence with the world.

Los procesos educativos formativos se remontan a formas de comprensión del ser humano. La amplia tradición occidental, filosófico-pedagógica, está marcada por la concepción de ser humano como substancia inmóvil, de la cual sederivó la noción de educación como florecimiento de potencialidades listas, residiendo en el interior humano. Esta forma de pensar justificó la relación vertical entre educador y educando, colocando exclusivamente en las manos de las generaciones más viejas el poder de decidir sobre el futuro de las generaciones más nuevas. El presente ensayo, basándose en la ontología fundamental de Martin Heidegger y en la ontología del presente de Michel Foucault, pretende deconstruir la noción de naturaleza humana comoesencia pronta. Dividiéndose en tres momentos, investiga, en el primero, aspectos de la destrucción (Destruktion) de la historia de la ontología emprendida por Heidegger, presentando su comprensión de ser humano como historicidad. En el segundo momento reconstruye el doble movimiento que sustenta la ontología del presente de Foucault, a saber, la filosofía como investigación crítica de la actualidad y, simultáneamente, como cuestionamiento sobre el sujeto que investiga tal actualidad. Finalmente, en el tercer y último momento, el ensayo busca esbozar algunos rasgos de la ontología de formación pos-humanista, haciendo evidente que la historicidad del Daseininspiró la consideración de la minoridad como grande deuda ontológica que el sujeto posee consigo mismo. También afirma, en este contexto, cuanto el paso para la mayoridad depende del trabajo formativo del sujeto consigo mismo en su relación de existencia con el mundo.

Processos educacionais formativos reportam-se a formas de compreensão do ser humano. A ampla tradição ocidental, filosófico-pedagógica, é marcada pela concepção de ser humano como substância imóvel, da qual derivou-se a noção de educação como desabrochamento das potencialidades prontas, residindo na interioridade humana. Esta maneira de pensar justificou a relação vertical entre educador e educando, colocando exclusivamente nas mãos das gerações mais velhas o poder de decidir sobre o futuro das gerações mais novas. O presente ensaio, baseando-se na ontologia fundamental de Martin Heidegger e na ontologia do presente de Michel Foucault, pretende desconstruir a noção de natureza humana como essência pronta. Dividindo-se em três momentos, investiga no primeiro aspectos da destruição (Destruktion) da história da ontologia empreendida por Heidegger, apresentando sua compreensão de ser humano como historicidade. No segundo momento reconstrói o duplo movimento que sustenta a ontologia do presente de Foucault, a saber, filosofia como investigação crítica da atualidade e, simultaneamente, como questionamento sobre o sujeito que investiga tal atualidade. Por fim, no terceiro e último momento, o ensaio procura esboçar alguns traços da ontologia de formação pós-humanista, tornando evidente que a historicidade do Dasein inspirou a consideração da menoridade como grande débito ontológico que o sujeito possui consigo mesmo. Também afirma, neste contexto, o quanto a passagem para a maioridade depende do trabalho formativo do sujeito consigo mesmo em sua relação de existência com o mundo.
Descrição
Palavras-chave
Human being, Human education, Historicity, Care of oneself, Openness, Ser humano, Formación humana, Historicidad, Cuidado de sí, Disposición de apertu, Ser humano, Formação humana, Historicidade, Cuidado de si, Disposição de abertura
Citação
DALBOSCO, Claudio Almir; DORO, Marcelo José. Ontologia da formação pós-humanista em Heidegger e Foucault. ETD - Educação Temática Digital , Campinas, SP, v.21, n. 1, p. 63-83, jan./mar. 2019. https://doi.org/10.20396/etd.v21i1.8650840. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8650840. Acesso: 2021-07-07