John Dewey, o dragão cético
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Tipo
Artigo
Classficação
Nível teórico
Data
2006
Autores
Título do Períodico
Revista Educação e Cultura Contemporânea
ISSN
2238-1279
Página(s)/e-location
45-63
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Rio de Janeiro
3
6
jul./dez.
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Resumo
The starting point of this article is the expectancy for certainty that is inherent in pedagogical theories. In this perspective, not only catholic thinkers but also science defenders have pointed out John Dewey to be skeptical as he does not offer security to educational practices. Thus, the history of skepticism since the Greeks until Hume is presented here to conclude that the deweyan ideas are really skeptical, what may raise new questions about its rational bases. Are the deweyan theories a real threat to pedagogy or no more than an imaginary monster, such as a St. Jorge's dragon? The metaphor "skeptical dragon" by Popkin shows that modern philosophy criticism against skepticism failed because it sought truth in dogmatic arguments, and those are refused by skepticism. In this article, the same metaphor is prolonged to denote that the defenders of reason don't need to attack the deweyan educational philosophy as its principles do not fail to provide rationality. In order to justify this assertion, the article analyses Aristotle's ideas of knowledge and suggests situating the deweyan educational purposes in the sphere of rhetoric art.
Tomando como punto de partida la expectativa de certezas en el campo de la Educación, que constituye la razón de ser de las teorías pedagógicas, este trabajo discute las concepciones de John Dewey sobre la oferta de perspectivas seguras para las prácticas educativas: quedando a medio camino entre En ciencia y arte, el filósofo estadounidense es señalado como escéptico, tanto por los pensadores católicos como por los defensores de la ciencia. Se retoma entonces la historia del escepticismo, desde los griegos hasta Hume, para entender las ideas deweyanas, concluyendo que pueden ser vistas como escépticas, de hecho, lo que conduce a una nueva problematización, esta vez sobre sus bases racionales. ¿Fueron las tesis de Dewey amenazas reales a la racionalidad del trabajo de educar, o fueron simplemente un monstruo imaginario, como un dragón de St. George? La metáfora del "dragón escéptico" de Popkin pretende mostrar que las invectivas de la filosofía moderna contra el escepticismo no han logrado buscar la verdad en argumentos dogmáticos que no encajan en el repertorio escéptico. En este estudio, la misma metáfora se extiende para significar que la filosofía educativa deweyana no necesita ser atacada por los defensores de la razón, ya que sus principios no carecen de racionalidad. Para justificar esta afirmación, recurrimos al análisis de las concepciones de Aristóteles sobre las formas de conocimiento en los campos de la ciencia y el arte, concluyendo con la sugerencia de situar la propuesta educativa deweyana en los dominios del arte retórico.
Tomando como ponto de partida a expectativa de certezas no campo da Educação, o que constitui a razão de ser das teorias pedagógicas, o presente trabalho problematiza as concepções de John Dewey quanto ao oferecimento de perspectivas seguras para as práticas educacionais: ficando a meio termo entre a ciência e a arte, o filósofo norte-americano é apontado como cético, tanto por pensadores católicos quanto por defensores da ciência. Retoma-se então a história do ceticismo, desde os gregos até Hume, no intuito de compreender as idéias deweyanas, concluindo-se que as mesmas podem ser vistas como céticas, de fato, o que remete a uma nova problematização, desta feita acerca de suas bases racionais. Seriam as teses deweyanas ameaças reais à racionalidade do trabalho de educar, ou não passariam de um monstro imaginário, qual um dragão de São Jorge? A metáfora "dragão cético" oriunda de Popkin visa mostrar que as invectivas da filosofia moderna contra o ceticismo fracassaram por buscar a verdade em argumentos dogmáticos que não cabem no repertório cético. Neste estudo, a mesma metáfora é prolongada para significar que a filosofia educacional deweyana não precisa ser atacada pelos defensores da razão, pois seus princípios não são desprovidos de racionalidade. Para justificar tal afirmação, recorre-se à análise das concepções de Aristóteles sobre as formas de conhecimento nos âmbitos da ciência e da arte, concluindo-se com a sugestão de situar a proposta educacional deweyana nos domínios da arte retórica.
Tomando como punto de partida la expectativa de certezas en el campo de la Educación, que constituye la razón de ser de las teorías pedagógicas, este trabajo discute las concepciones de John Dewey sobre la oferta de perspectivas seguras para las prácticas educativas: quedando a medio camino entre En ciencia y arte, el filósofo estadounidense es señalado como escéptico, tanto por los pensadores católicos como por los defensores de la ciencia. Se retoma entonces la historia del escepticismo, desde los griegos hasta Hume, para entender las ideas deweyanas, concluyendo que pueden ser vistas como escépticas, de hecho, lo que conduce a una nueva problematización, esta vez sobre sus bases racionales. ¿Fueron las tesis de Dewey amenazas reales a la racionalidad del trabajo de educar, o fueron simplemente un monstruo imaginario, como un dragón de St. George? La metáfora del "dragón escéptico" de Popkin pretende mostrar que las invectivas de la filosofía moderna contra el escepticismo no han logrado buscar la verdad en argumentos dogmáticos que no encajan en el repertorio escéptico. En este estudio, la misma metáfora se extiende para significar que la filosofía educativa deweyana no necesita ser atacada por los defensores de la razón, ya que sus principios no carecen de racionalidad. Para justificar esta afirmación, recurrimos al análisis de las concepciones de Aristóteles sobre las formas de conocimiento en los campos de la ciencia y el arte, concluyendo con la sugerencia de situar la propuesta educativa deweyana en los dominios del arte retórico.
Tomando como ponto de partida a expectativa de certezas no campo da Educação, o que constitui a razão de ser das teorias pedagógicas, o presente trabalho problematiza as concepções de John Dewey quanto ao oferecimento de perspectivas seguras para as práticas educacionais: ficando a meio termo entre a ciência e a arte, o filósofo norte-americano é apontado como cético, tanto por pensadores católicos quanto por defensores da ciência. Retoma-se então a história do ceticismo, desde os gregos até Hume, no intuito de compreender as idéias deweyanas, concluindo-se que as mesmas podem ser vistas como céticas, de fato, o que remete a uma nova problematização, desta feita acerca de suas bases racionais. Seriam as teses deweyanas ameaças reais à racionalidade do trabalho de educar, ou não passariam de um monstro imaginário, qual um dragão de São Jorge? A metáfora "dragão cético" oriunda de Popkin visa mostrar que as invectivas da filosofia moderna contra o ceticismo fracassaram por buscar a verdade em argumentos dogmáticos que não cabem no repertório cético. Neste estudo, a mesma metáfora é prolongada para significar que a filosofia educacional deweyana não precisa ser atacada pelos defensores da razão, pois seus princípios não são desprovidos de racionalidade. Para justificar tal afirmação, recorre-se à análise das concepções de Aristóteles sobre as formas de conhecimento nos âmbitos da ciência e da arte, concluindo-se com a sugestão de situar a proposta educacional deweyana nos domínios da arte retórica.
Descrição
Palavras-chave
Pedagogical theories, Skepticism, Aristotle, Rhetoric, Teorías pedagógicas, Escepticismo, Aristóteles, Retórica, Teorias pedagógicas, Ceticismo, Aristóteles, Retórica
Citação
CUNHA, Marcus Vinicius da. John Dewey, o dragão cético. Revista Educação e Cultura Contemporânea , Rio de Janeiro, v.3, n. 6, p. 45-63, jul./dez. 2006. Disponível em: http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/5931. Acesso: 2021-06-25