Educação e empoderamento feminino: estratégias pedagógicas de grupos de humanização do parto e nascimento em Belém do Pará

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Tipo
Artigo
Classficação
Nível epistemológico
Data
2021
Título do Períodico
Educação & Formação
ISSN
2448-3583
Página(s)/e-location
e4159
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Fortaleza
6
2
maio/ago.
Resumo
Objetivando identificar a forma de organização e atuação dos grupos de humanização do parto e nascimento na região metropolitana de Belém do Pará, o estudo tem como hipótese a predominância de uma pedagogia crítica na maneira de condução de suas atividades. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, pautada na perspectiva etnográfica, com observação participante (GEERTZ, 2008), nos moldes da Antropologia, e que se encontra fundamentada em pesquisas teóricas sobre os movimentos de humanização do parto no Brasil (BARRETO, 2014; CARNEIRO, 2015; DINIZ, 2005; HIRSCH, 2015) e no debate sobre movimentos sociais e educação não formal traduzida no conceito de aprendizagem prática (GOHN,2011,2014). Os grupos estudados e com maior visibilidade foram: Ishtar Belém e Projeto TransformaDor, os quais convergem em relação à metodologia de ação utilizada: palestras, rodas de conversas, cinedebates, panfletagem e produção de conteúdos digitais em redes sociais, além da atuação em favor do empoderamento feminino na cena do parto. A coleta de dados se deu por meio de realização de entrevistas semiestruturadas, observação participante e aplicação de questionários, acrescida de análise de documentos (impressos e digitais produzidos pelos grupos), audiovisuais (fotografias, vídeos, documentários,etc.). Os resultados apontaram a heterogeneidade desses grupos, destacando que há em comum o protagonismo feminino na difusão, defesa e promoção de outras formas de parir e a crítica à imposição da cesariana. Identificaram-se, assim, processos educativos nãoformais pautados em estratégias da educação popular, valorizando o diálogo e a experiência das mulheres.

Aiming to identify the form of organization and performance of the humanization groups for childbirth and birth in the metropolitan region of Belém do Pará, the study hypothesizes the predominance of a critical pedagogy in the way of conducting their activities. It is an exploratory and descriptive research, with a qualitative approach, based on the ethnographic perspective, with participant observation (GEERTZ, 2008), in the molds of Anthropology, and which is based on theoretical research on the humanization movements of childbirth in Brazil. Brazil (DINIZ, 2005; BARRETO, 2014; HIRSCH, 2014; CARNEIRO, 2015); and in the debate on social movements and non-formal education translated into the concept of practical learning (GOHN, 2011; GOHN, 2014). The groups studied and with greater visibility were: Ishtar Belém and Projeto TransformaDor, which converge in relation to the methodology of action used: lectures, conversation circles, cine debates, leafleting and production of digital content on social networks, in addition to acting in favor of female empowerment in the delivery scene. Data collection took place through semi-structured interviews, participant observation and questionnaires, plus analysis of documents (printed and digital produced by the groups), audiovisual (photographs, videos, documentaries, etc.). The results pointed out the heterogeneity of these groups, highlighting that there is a common female protagonism in the diffusion, defense and promotion of other forms of childbirth and the criticism of the imposition of cesarean sections. We thus identified non-formal educational processes based on popular education strategies, valuing the dialogue and the experience of women.

Con el objetivo de identificar la forma de organización y desempeño de los grupos de humanización para el parto y el nacimientoen la región metropolitana de Belém do Pará, Brasil, el estudio hipotetiza el predominio de una pedagogía crítica en la forma de realizar sus actividades. Se trata de una investigación exploratoria y descriptiva, de abordaje cualitativo, basada en la perspectiva etnográfica, con observación participante (GEERTZ, 2008), a la manera de la Antropología, y que se fundamenta en la investigación teórica sobre los movimientos de humanización del parto en Brasil (BARRETO, 2014; CARNEIRO, 2015; DINIZ, 2005; HIRSCH, 2015) y en el debate sobre movimientos sociales y educación no formal traducidaen el concepto de aprendizaje práctico (GOHN, 2011, 2014). Los grupos estudiados y con mayor visibilidad fueron: Ishtar Belém y Projeto TransformaDor, que convergen en relación a la metodología de acción utilizada: conferencias, círculos de conversación, cinedebates, distribución de folletos y producción de contenido digital en redes sociales, además de actuar a favor del empoderamiento femenino enla escena del parto. La recogida de datos se realizó a través de entrevistas semiestructuradas, observación participante y cuestionarios, además del análisis de documentos (impresos y digitales producidos por los grupos), audiovisuales (fotografías, videos, documentales, etc.). Los resultados señalaron la heterogeneidad de estos grupos, destacando que existe un protagonismo femenino común en la difusión, defensa y promoción de otras formas de parto y la crítica a la imposición de cesáreas. Se identificaronasí procesos educativos no formales basados en estrategias de educación popular, valorando el diálogo y la experiencia de las mujeres.
Descrição
Palavras-chave
Educação nãoformal, Mulheres, Parto humanizado, Corpo, Non-formal education, Woman, Humanized birth, Body, Educación no formal, Mujeres, Nacimiento humanizado, Cuerpo
Citação
CAVALCANTI, Natália Conceição Silva Barros; NAUAR, Ana Lídia; ALMEIDA, Márcia Victoria Carvalho. Educação e empoderamento feminino: estratégias pedagógicas de grupos de humanização do parto e nascimento em Belém do Pará. Educação & Formação, Fortaleza, v. 6, n. 2, p. e4159, maio/ago. 2021. https://doi.org/10.25053/redufor.v6i2.4159. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/4159/4013. Acesso em: 2022-03-22