A abordagem de sexualidade e gênero na disciplina de ciências no currículo de São Paulo: análise dos cadernos do professor e aluno
Carregando...
Tipo
Artigo
Classficação
Nível metodológico
Data
2020
Título do Períodico
ACTIO: Docência em Ciências
ISSN
2525-8989
Página(s)/e-location
1-22
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Curitiba, PR
5
2
mai./ago
5
2
mai./ago
Coleções
Resumo
This study aimed to identify the conceptions of sexuality and sexuality education presented in the material of São Paulo Curriculum for Science Education, of the 8th grade, from the analysis of the orientations to the teachers and the suggested strategies and contents. This is a documentary research whose object of analysis was volume 1 of Teacher's and Student's Science Notebookof 7th grade / 8th grade of middle school. For such, we used as analysis referential the dimensions of sexuality; we identified if and how the material under study addresses gender issues and we discussed limits and possibilities of the proposal, within an emancipatory perspective of Sexuality Education. The analysis evidenced the predominance of the biological dimension inthe selected learning situations, which is in line with the expectations for a science curriculum. However, in several passages, there are guidelines for teachers and activities that address sociocultural and/or psychological aspects of sexuality. The learning situation about safe sex presented the largest amount of excerpts that address sociocultural and psychological aspects, highlighting individual components of vulnerability. On the other hand, the learning situation that deals with teenage pregnancy privileges the informative aspect, leaving aside the fundamental psychological and sociocultural factors to bring about reflection. We also observed that the approach to sexuality is broader in orienting teachers than in student material. Even with the limitations of the materials studied, it is possible to practice an emancipatory sexuality education, which brings about the creation of spaces for speech, listening and reflection in class, overcoming the information aspect that has long been criticized. To do so, initial and continuing training needs to sensitize teachers to the complexity of the topic and prepare them for the task.
O presente estudo teve como objetivo identificar as concepções de sexualidade e de Educação em Sexualidade presentes no material do Currículo de São Paulo para o ensino de Ciências para o 8º ano, a partir da análise das orientações aos professores/professoras, das estratégias e dos conteúdos propostos. Trata-se de uma pesquisa documental cujo objeto de análise foi o volume 1 dos Cadernos do Professor e do Aluno de Ciências da 7ª série/8ºano do Ensino Fundamental. Para tal, utilizamos como referencial de análise as dimensões da sexualidade; identificamos se e como o material em estudo aborda as questões de gênero e discutimos limites e possibilidades da proposta, dentro de uma perspectiva emancipatória de Educação em Sexualidade. A análise evidenciou o predomínio da dimensão biológica nas situações de aprendizagem selecionadas, o que está de acordo com o esperado para um currículo de Ciências. No entanto, em diversos trechos, existem orientações para professores e atividades que abordam aspectos socioculturais e/ou psicológicos da sexualidade. A situação de aprendizagem sobre sexo seguro foi a que apresentou a maior quantidade de trechos que abordam aspectos socioculturais e psicológicos, ao evidenciar componentes individuais da vulnerabilidade. Por outro lado, a situação de aprendizagem que trata de gravidez na adolescência privilegia o aspecto informativo, deixando de lado os fatores psicológicos e socioculturais fundamentais para o fomento à reflexão. Observamos, também, que a abordagem de sexualidade é mais ampla nas orientações às(aos) docentes do que no material das(os) alunas(os). Mesmo com as limitações dos materiais estudados, é possível a prática de uma Educação em Sexualidade emancipatória, que fomente a criação de espaços de fala, de escuta e reflexão nas aulas, superando o aspecto informativo já há muito criticado. Para que isso ocorra, as formações inicial e continuada precisam sensibilizar docentes para a complexidade do tema e prepará-las(os) para a tarefa.
O presente estudo teve como objetivo identificar as concepções de sexualidade e de Educação em Sexualidade presentes no material do Currículo de São Paulo para o ensino de Ciências para o 8º ano, a partir da análise das orientações aos professores/professoras, das estratégias e dos conteúdos propostos. Trata-se de uma pesquisa documental cujo objeto de análise foi o volume 1 dos Cadernos do Professor e do Aluno de Ciências da 7ª série/8ºano do Ensino Fundamental. Para tal, utilizamos como referencial de análise as dimensões da sexualidade; identificamos se e como o material em estudo aborda as questões de gênero e discutimos limites e possibilidades da proposta, dentro de uma perspectiva emancipatória de Educação em Sexualidade. A análise evidenciou o predomínio da dimensão biológica nas situações de aprendizagem selecionadas, o que está de acordo com o esperado para um currículo de Ciências. No entanto, em diversos trechos, existem orientações para professores e atividades que abordam aspectos socioculturais e/ou psicológicos da sexualidade. A situação de aprendizagem sobre sexo seguro foi a que apresentou a maior quantidade de trechos que abordam aspectos socioculturais e psicológicos, ao evidenciar componentes individuais da vulnerabilidade. Por outro lado, a situação de aprendizagem que trata de gravidez na adolescência privilegia o aspecto informativo, deixando de lado os fatores psicológicos e socioculturais fundamentais para o fomento à reflexão. Observamos, também, que a abordagem de sexualidade é mais ampla nas orientações às(aos) docentes do que no material das(os) alunas(os). Mesmo com as limitações dos materiais estudados, é possível a prática de uma Educação em Sexualidade emancipatória, que fomente a criação de espaços de fala, de escuta e reflexão nas aulas, superando o aspecto informativo já há muito criticado. Para que isso ocorra, as formações inicial e continuada precisam sensibilizar docentes para a complexidade do tema e prepará-las(os) para a tarefa.
Descrição
Palavras-chave
Sexuality Education, Gender, Sciences, Curriculum São Paulo, Educação em Sexualidade, Gênero; Ciências, Currículo de São Paulo
Citação
PAULA, Gabrielly Nunes de; CAMPOS MIRANDA, Meiri Aparecida Gurgel de. A abordagem de sexualidade e gênero na disciplina de ciências no currículo de São Paulo: análise dos cadernos do professor e aluno. ACTIO: Docência em Ciências , Curitiba, PR, v.5, n. 2, p. 1-22, mai./ago. 2020. http://doi.org/10.3895/actio.v5n2.10920. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/10920. Acesso: 2021-07-26