A teoria merleau-pontyana da linguagem e a biblioterapia
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Tipo
Artigo
Classficação
Nível epistemológico
Data
2011
Autores
ORCID
Título do Períodico
RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação
ISSN
1678-765X
Página(s)/e-location
23-40
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Campinas
9
1
jan./abr.
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Resumo
The article presents the problem of language, with a phenomenological approach, as treated by Husserl and Merleau-Ponty. Husserl considered the language as an object of thought, the essence of a universal grammar. Merleau-Ponty supported the language as a means of communication by excellence, whose signs reflect the culture and that the words have corporeality. The theory of expression Merleau-pontyan admits two languages: the spoken speech and the speaker speech. The spoken language is the set of meanings of a language; the speaker language is the transfiguration of these meanings. It is of the speaker speech, the producer of meanings, that bibliotherapy concerns. We report a Reading Therapy Program developed in a public school within the Brazilian Island of Santa Catarina. This program included reading, storytelling and dramatization of fictional texts. It bet on the involvement of students with the playful and poetic literature and gave credit to the therapeutic possibilities. The dialogue after the story (the experience of others), socialization (relaxation and joy) and the resumption of the text were considered therapeutic exercises. It was concluded that bibliotherapy is an alternative and unpretentious treatment in that speech, reading, storytelling or drama can act as a therapy.
O artigo expõe o problema da linguagem, com abordagem fenomenológica, como foi tratado por Husserl e por Merleau-Ponty. Husserl considerou a linguagem um objeto do pensamento, essência de uma gramática universal. Merleau-Ponty defendeu a linguagem como meio por excelência de comunicação, cujos signos refletem a cultura e as palavras possuem corporeidade. A teoria merleau-pontyana da expressão admite duas linguagens: a fala falada e a fala falante. A linguagem falada é o conjunto das significações de uma língua; a linguagem falante é transfiguração dessas significações. É da fala falante, produtora de significados, que se ocupa a biblioterapia. Relata-se um Programa de Leitura Terapêutica desenvolvido em uma escola da rede pública estadual no interior da Ilha de Santa Catarina. Tal Programa contemplou leitura, narração e dramatização de textos ficcionais. Apostou no envolvimento dos alunos com o lúdico e o poético e creditou à literatura possibilidades terapêuticas. O diálogo posterior à história (a experiência do outro), a socialização (descontração e alegria) e a retomada do texto (recriação) foram considerados exercícios terapêuticos. Concluiu-se que a biblioterapia é um tratamento alternativo e despretensioso em que a fala, na leitura, narração ou dramatização pode agir como uma terapêutica.
O artigo expõe o problema da linguagem, com abordagem fenomenológica, como foi tratado por Husserl e por Merleau-Ponty. Husserl considerou a linguagem um objeto do pensamento, essência de uma gramática universal. Merleau-Ponty defendeu a linguagem como meio por excelência de comunicação, cujos signos refletem a cultura e as palavras possuem corporeidade. A teoria merleau-pontyana da expressão admite duas linguagens: a fala falada e a fala falante. A linguagem falada é o conjunto das significações de uma língua; a linguagem falante é transfiguração dessas significações. É da fala falante, produtora de significados, que se ocupa a biblioterapia. Relata-se um Programa de Leitura Terapêutica desenvolvido em uma escola da rede pública estadual no interior da Ilha de Santa Catarina. Tal Programa contemplou leitura, narração e dramatização de textos ficcionais. Apostou no envolvimento dos alunos com o lúdico e o poético e creditou à literatura possibilidades terapêuticas. O diálogo posterior à história (a experiência do outro), a socialização (descontração e alegria) e a retomada do texto (recriação) foram considerados exercícios terapêuticos. Concluiu-se que a biblioterapia é um tratamento alternativo e despretensioso em que a fala, na leitura, narração ou dramatização pode agir como uma terapêutica.
Descrição
Palavras-chave
Merleau-Ponty Theory of Language, Speech speaker, Bibliotherapy, Reading therapy, Teoria merleau-pontyana da linguagem, Fala falante, Biblioterapia, Leitura terapêutica
Citação
CALDIN, Clarice Fortkamp. A teoria merleau-pontyana da linguagem e a biblioterapia. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação , Campinas, v.9, n. 1, p. 23-40, jan./abr. 2011. https://doi.org/10.20396/rdbci.v8i2.1932. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/1932/2053. Acesso: 2021-07-23