Navegando por Autor "SOUZA, Raquel Aparecida"
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- ItemApresentação(2022) RICHTER, Leonice Matilde; SOUZA, Vilma Aparecida; SOUZA, Raquel AparecidaPrestes a completar 200 anos de sua independência nacional, o Brasil assiste, no atual momento político-econômico de ascensão de governos de extrema direita, o esgotamento de sua jovem democracia, a partir de uma racionalidade governante que une elementos do (neo)conservadorismo e do (neo)liberalismo. Apesar do estranhamento de tal combinação, para ambas as racionalidades os princípios democráticos e do Estado de Direito são prescindíveis. Quanto aos princípios do conservadorismo moderno e do liberalismo, Dombrowski (2020) destaca que o primeiro surge na passagem do século XVIII para o XIX, como um movimento de crítica aos pressupostos teóricos filosóficos da Revolução Francesa, como uma ideologia que se opõe historicamente ao liberalismo. Considerados campos políticos oponentes, muitos questionamentos emergem diante da aliança ideológica, firmada no âmago da nova direita, entre neoliberalismo e neoconservadorismo, que lançou candidaturas com o slogan “liberal na economia, conservadora nos costumes”. Um possível ponto de apoio para essa aliança, apesar do antagonismo e das contradições entre as duas correntes de pensamento, “remete a uma vigorosa negação da democracia” (DOMBROWSKI, 2020, p. 233). Seria a negação da democracia, o que aproxima neoliberais e neoconservadores. Porém, é preciso ressaltar que o conteúdo da democracia a ser negado não se refere àquela concepção minimalista de democracia consagrada pela teoria schumpeteriana, que se reduz a somente um método para a escolha de governantes, mas à negação do seu conteúdo substantivo que aponta para a igualdade e se opõe à liberdade: “tanto o liberalismo de Hayek quanto o conservadorismo de Burke entendem que toda política que encontra na igualdade uma referência moral é um atentado contra a liberdade” (p. 233).
- ItemEdição comemorativa: 10 anos da revista educação e políticas em debate(2022) RICHTER, Leonice Matilde; SOUZA, Vilma Aparecida; SOUZA, Raquel AparecidaA Revista Educação e Políticas em Debate (REPOD) completa 10 anos de editoração em 2022. A REPOD nasceu vinculada à Linha de Pesquisa Estado, Políticas e Gestão em Educação do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e desde o seu prelúdio tem envidado esforços no sentido de colaborar com a divulgação de resultados de pesquisas e experiências inéditas que apresentem consistência, rigor e originalidade, proporcionando a pesquisadores(as), docentes e discentes de graduação e pós-graduação, de diferentes instituições nacionais e internacionais, espaço para a socialização de suas produções, especialmente na área de políticas educacionais, mas também aos demais interessados pela área de educação e humanidades em geral (FACED, 2021).
- ItemEditorial: Política de ações afirmativas em instituições do ensino superior: em debate a Lei de Cotas(2022) RICHTER, Leonice Matilde; SOUZA, Vilma Aparecida; SOUZA, Raquel AparecidaA conjuntura brasileira atual tem sido cenário de intensos retrocessos democráticos, acionada e contextualizada por políticas neoliberais e ultraconservadoras que passaram a fazer parte da agenda governamental, especialmente, desde o Governo Temer e agudizadas no governo Bolsonaro. Essa agenda governamental nega o Estado Democrático de Direito, as instituições e os mecanismos que garantem a democracia, conduzindo a um aprofundamento da crise institucional e da restrição de direitos. Em estudo publicado no relatório The Global State Of Democracy 2021: Building Resilience in a Pandemic Era, divulgado pelo Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral (IDEA Internacional ), em 22 de novembro de 2021, o Brasil consta como um dos países que apresenta a democracia com mais aspectos enfraquecidos. De acordo com os dados do relatório, o Brasil apresentou queda em oito de dezesseis indicadores relativos ao funcionamento condizente de regimes democráticos, incluindo a qualidade de controle de seu governo como um dos aspectos importantes para as democracias. Tais dados evidenciam que o “Brazil was the democracy with the largest number of declining attributes in 2020” (IDEA, 2021, p. 9).
- ItemPandemia (Covid-19) e cenário político sombrio: efeitos colaterais na educação brasileira(2021) RICHTER, Leonice Matilde; SOUZA, Vilma Aparecida; SILVA, Maria Vieira; SOUZA, Raquel AparecidaA avaliação do cenário atual evidencia um momento sombrio da nossa história, seja pela pandemia que assola o mundo com o coronavírus (COVID-19), uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, que já provocou mais de 4,5 milhões de mortes no mundo e, no Brasil, mais de 594 mil, mas também pelo momento político que tem sido caracterizado por fundamentos extremamente conservadores, associados à ampliação dos interesses do mercado. De tal modo, a realidade trágica, que marca a nossa história diante das famílias enlutadas ou que sofrem os efeitos deletérios de um contexto pandêmico de tamanha proporção, associa-se, dentre outros, a efeitos econômicos e socioculturais das políticas antidemocráticas e neoliberais, que colocam muitos em situação de abandono por parte do Estado, ampliando as consequências lancinantes da pandemia.
- ItemPolítica Nacional de Alfabetização: interesses em disputa(2021) SOUZA, Vilma Aparecida de Souza; RICHTER, Leonice Matilde; SILVA, Maria Vieira; SOUZA, Raquel AparecidaEm 11 de abril de 2019, por meio do Decreto nº 9765, foi sancionada a “Política Nacional de Alfabetização” (PNA), demarcando um novo projeto do Ministério da Educação que elege o campo da Ciência Cognitiva e o da Neurociência, como fundamento científico da alfabetização. O art. 1º do Decreto nº 9.765 determina que a PNA [...] “implementará programas e ações voltados à promoção da alfabetização, baseada em evidências científicas, com a finalidade de melhorar a qualidade da alfabetização no território nacional” (BRASIL, 2019a, p. 1). Como parte desse cenário de implementação da PNA, foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), de 22 a 25 de outubro de 2019, sob o tema a “A Política Nacional de Alfabetização e o Estado da Arte das Pesquisas sobre Alfabetização, Literacia e Numeracia”. Esse evento teve a participação do então Ministro da Educação, Abraham Weintraub, do secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, do presidente científico da Conabe, Renan Sargiani e do deputado federal Gastão Vieira (Pros-MA).
- ItemRegime especial de atividades não presenciais: a pandemia acentuando as desigualdades na educação infantil(2021) SILVA, João Vitor Santos Silva; NUNES, Klívia de Cássia Silva; SOUZA, Raquel Aparecida; ISOBE, Rogéria Moreira Rezende; RESENDE, Valéria MoreiraO artigo resulta de pesquisa que teve como objetivo analisar a oferta do Regime Especial de Atividades Não Presenciais (REANP) para a educação infantil, a partir da percepção das professoras de escolas públicas do município de Santa Vitória, Minas Gerais. A pesquisa qualitativa utilizou-se do questionário para coleta de dados. Os resultados apontam inúmeros desafios enfrentados pelas docentes dentre os quais a falta de condições objetivas para viabilizar o ensino, uma vez que muitos professores e alunos não têm acesso à internet de qualidade e nem sempre possuem o domínio no manejo de aplicativos e plataformas digitais. Concluímos que o ensino não presencial deflagra o notório processo de exclusão digital em decorrência da exacerbada desigualdade social que marca a sociedade brasileira.