Uma forma de espanto – pensando uma aula de química com o seriado televisivo Breaking Bad
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Tipo
Artigo
Classficação
Nível metodológico
Data
2018
Título do Períodico
ACTIO: Docência em Ciências
ISSN
2525-8989
Página(s)/e-location
167-183
Idioma(s)
pt
Fonte
Fonte
Curitiba, PR
3
1
jan./abr.
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Coleções
Resumo
The present work analyzes, with the virtual ethnography, a chemistry class in the television series Breaking Bad(2008). The analysis focusto discuss how chemistry can be thought by a cultural viewpoint, conceivingscience, chemistry, as a result of human relations and not as an immutable, essentialized knowledge. In this sense, the idea is to create a form of spookwith act ofchemistryteachingportrayed in the first episode of the television show, which startsa class with"what is chemistry" and to carry out unfoldings of this episode for a teaching that celebrate students experimenters and creators of their own Educational practices. The results of our virtual ethnography have shown us that the belief in a universal essence, and also the possibility that words offer, so that we can enunciate the truth of some essence, of "chemistry", transform the language we use into a species of metaphysics -atom, energy, electron -, forming the basis of the fabrication of scientific knowledge. The way the chemistry class is conducted in this cut of the episode lends itself to a stratified chemistry that does not seem to be vascularized in the collective, in the desires of the students;however, the silence of the learnerscan be a form of resistance.
O presente trabalho analisa, pelo viés da etnografia virtual, uma aula de química no seriado televisivo Breaking Bad (2008). A análise tem como foco de interesse discutir como a química pode ser pensada por uma ótica cultural, isto é, enxergando a ciência como resultado das relações humanas e não como um conhecimento imutável, essencializado. Nesse sentido, buscamos criar espantos com o ensino de química que emerge dentro do primeiro episódio do seriado televisivo, que aborda uma aula sobre “o que é química” e realizar desdobramentos desse episódio para um ensino que preze por alunos experimentadores e criadores de suas próprias práticas educacionais. Os resultados da etnografia virtual que realizamos, nos mostraram que a crença em uma essência universal e, também, a possibilidade que as palavras oferecem para que possamos enunciar a verdade de alguma essência, das ciências, em especial da “química”, transformam a linguagem que utilizamos em uma espécie de metafísica – átomo, energia, elétron –, constituindo a base da fabricação do conhecimento científico. A maneira como a aula de química é conduzida nesse recorte do episódio, presta reverência a uma química estratificada, que parece não se vascularizar no coletivo, nos desejos dos alunos e, portanto, o silêncio, dos discentes, pode ser uma forma de resistência.
O presente trabalho analisa, pelo viés da etnografia virtual, uma aula de química no seriado televisivo Breaking Bad (2008). A análise tem como foco de interesse discutir como a química pode ser pensada por uma ótica cultural, isto é, enxergando a ciência como resultado das relações humanas e não como um conhecimento imutável, essencializado. Nesse sentido, buscamos criar espantos com o ensino de química que emerge dentro do primeiro episódio do seriado televisivo, que aborda uma aula sobre “o que é química” e realizar desdobramentos desse episódio para um ensino que preze por alunos experimentadores e criadores de suas próprias práticas educacionais. Os resultados da etnografia virtual que realizamos, nos mostraram que a crença em uma essência universal e, também, a possibilidade que as palavras oferecem para que possamos enunciar a verdade de alguma essência, das ciências, em especial da “química”, transformam a linguagem que utilizamos em uma espécie de metafísica – átomo, energia, elétron –, constituindo a base da fabricação do conhecimento científico. A maneira como a aula de química é conduzida nesse recorte do episódio, presta reverência a uma química estratificada, que parece não se vascularizar no coletivo, nos desejos dos alunos e, portanto, o silêncio, dos discentes, pode ser uma forma de resistência.
Descrição
Palavras-chave
Chemistry teaching, Virtual ethnography, Television media, Ensino de química, Etnografia virtual, Mídia televisiva
Citação
FARY, Bruna Adriane; OLIVEIRA, Moisés Alves de. Uma forma de espanto – pensando uma aula de química com o seriado televisivo Breaking Bad. ACTIO: Docência em Ciências , Curitiba, PR, v.3, n. 1, p. 167-183, jan./abr. 2018. http://doi.org/10.3895/actio.v3n1.6857. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/6857. Acesso: 2021-07-26