Navegando por Autor "CASIMIRO, Ana Palmira Bittencourt Santos"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAs ciências sociais na Bahia: a faculdade de sociologia e política de Vitória da Conquista (FSPVC)(2021) MENDES, Luciana Canário; CASIMIRO, Ana Palmira Bittencourt SantosEste artigo objetiva tecer algumas reflexões sobre o processo de implantação e extinção da Faculdade de Sociologia e Política em Vitória da Conquista (BA). A Faculdade foi inspirada em um grupo de escolas geopoliticamente instaladas, cuja origem foi a Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (ELSP). Na Bahia, a fundação desse modelo de instituição aconteceu em Salvador, Ilhéus e Vitória da Conquista. Seus fundadores mostravam-se particularmente preocupados em dimensionar o impacto dos problemas de gestão urbana decorrentes da urbanização e industrialização e viam na Sociologia uma ferramenta privilegiada para a formulação das políticas sociais. Entretanto, a Faculdade de Sociologia e Política de Vitória da Conquista foi fechada dois anos e seis meses em condições adversas e completamente diferentes das iniciais. Para esse estudo, recorremos à análise histórica e documental, tanto oral quanto escrita e/ou iconográfica, buscada em jornais, arquivos públicos e particulares. Com base nas fontes, podemos concluir que em Vitória da Conquista, em nível mais modesto, e pela conjuntura em que foi implantada, já na iminência da ditadura civil-militar, a tendência esquerdizante foi fator decisivo para a sua extinção.
- ItemO catecismo das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia(2017) CASIMIRO, Ana Palmira Bittencourt Santos; ALMEIDA, Maria Cleidiana Oliveira de; SILVEIRA, Camila Nunes DuarteEste artigo apresenta elementos da análise do catecismo estabelecido pelas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, inserido na Colônia Portuguesa da América no início do século XVIII. A partir de uma metodologia bipartida em revisão bibliográfica dos clássicos sobre os conteúdos em pauta e na análise documental, a pesquisa teve por objetivo analisar o modelo de catecismo das Constituições Primeiras (estrutura, funcionamento, forma, conteúdo e finalidade). O estudo das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia é necessidade fundamental para o conhecimento da atuação catequética da Igreja em terras brasileiras, uma vez que, até o século XIX, elas foram a grande referência canônica e pastoral da Igreja no Brasil, uma colônia escravista e submissa a um Estado absolutista europeu. No decorrer da análise ficou latente que ao criar uma forma de doutrina cristã direcionada aos habitantes da colônia, como uma breve instrução dos mistérios da fé direcionada aos negros escravos, a Igreja conciliou interesses cristãos e políticos, sendo o catecismo expedido pelas Constituições Primeiras, portanto, um documento ideologicamente elaborado.
- ItemPorque nenhum deus têm certo: manifestações religiosas ameríndias e memória coletiva na américa portuguesa (século XVI)(2022) SILVEIRA, Camila Nunes Duarte; ALMEIDA, Maria Cleidiana Oliveira de; CASIMIRO, Ana Palmira Bittencourt SantosA fim de melhor estabelecer uma relação entre a memória coletiva e as manifestações religiosas dos povos indígenas da América Portuguesa no século XVI, esta pesquisa teve como objetivo analisar, a partir dos relatos das cartas jesuíticas, as concepções de religião entendidas pelos missionários europeus e as manifestações religiosas dos grupos indígenas, em especial, dos povos Tupinambá, fortemente subsidiadas pela memória coletiva grupal. Por tratar-se de uma pesquisa histórico-documental, foram analisados alguns dos documentos coloniais do mencionado período, a exemplo das cartas jesuíticas da Monumenta Brasiliae (1538-1563), organizadas por Serafim Leite, e da coleção das cartas jesuíticas organizadas pela editora da Universidade de São Paulo (1988), além de escritos coloniais dos cronistas contemporâneos: Jean de Léry (2007), Hans Staden (2008), Fernão Cardim (1980), dentre outros. No que concerne aos estudos sobre memória, usou-se os conceitos de memória coletiva apresentados por Jacques Le Goff (2012) e Leroi-Gourhan (2002). Como método de abordagem, foram utilizadas as categorias dialéticas, uma vez que, ao analisar o contexto colonial da América Portuguesa no período em questão, é imprescindível considerar as relações das partes com a totalidade. Os estudos apontaram que, embora tentassem negar a presença de uma religião entre os indígenas, a organização social do grupo mantinha uma forte relação com elementos místicos, e a memória coletiva era o fio condutor que mantinha viva a busca pelo “bom lugar”.