Navegando por Autor "ALVES, Ana Elizabeth Santos"
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- ItemElementos para a construção de uma gênese do ensino de economia doméstica: “a tratise on domestic economy” de Catherine Beecher(2021) AMARAL JUNIOR, José Carlos do; ALVES, Ana Elizabeth SantosEsse artigo analisa os elementos centrais que tangenciam a gênese da Economia Doméstica de meados do século XIX. O objetivo central foi apreender, a partir da obra “A Tratise on Domestic Economy” de Catherine Beecher, quais as características principais dessa proposta que surgiu por volta de 1840 e se tornaria mais tarde um projeto educativo para as mulheres difundido pelo mundo, incluindo o Brasil. Foi possível perceber que, conforme suas contingências históricas, a Economia Doméstica surgiu ancorada na reprodução das tradições, na divisão sexual do trabalho e nos avanços técnico-científicos da época. Assim, pretendeu inaugurar uma linha específica para a educação feminina, baseada em preceitos liberalistas, morais e cristãos. Diferentemente do que seria observado décadas mais tarde, essa proposta inicial de Economia Doméstica se realizou mais em torno de uma visão harmônica das tradições e da divisão sexual do trabalho, do que das noções higienistas e científicas. Essa análise possibilitou perceber que a Economia Doméstica não foi um projeto educativo que surgiu no século XX, mas teve um longo e característico processo de gênese nas mudanças sociais ocorridas no século XIX. Por sua vez, essa compreensão auxilia a entender os distintos formatos pelos quais o ensino de Economia Doméstico foi difundido pelo mundo como uma proposta amplamente aceita de educação feminina.
- ItemQuando eu lembro da massa da mandioca: memórias dos saberes do trabalho na história do Brasil(2022) SANTOS, Marisa Oliveira; ALVES, Ana Elizabeth SantosOs saberes do trabalho são construtos sociais, que nascem do processo educacional entre homem e natureza, na reprodução ampliada da vida. No desenvolvimento dos estudos acerca das memórias do trabalho familiar em casas de farinha, pesquisaram-se as importantes contribuições indígenas no cultivo da mandioca e na produção dos seus derivados na história do Brasil. Neste sentido, o presente artigo tem como objetivos: apresentar o demarco de um recorte histórico da aproximação dos europeus com os saberes da produção com a mandioca – produção e produtos –, que não somente precintariam um marco da adaptação alimentar dos até então “visitantes”, mas também forjariam o interesse de exploração do tubérculo; e, ao mesmo tempo, analisar a desarticulação da primeira base de trabalho familiar e a troca de saberes sociais, os do trabalho indígena, compreendidos como rastros das primeiras casas de farinha existentes no país. Os fundamentos teóricos de Cascudo (1983; 2004); Pedroza (2014); Algranti (1997); Rodrigues (2012), entre outros, respaldaram a discussão preterida. Ao término das contribuições, verificou-se que os interesses mercantis, embora se aproximem dos saberes sociais pelas vias capitalistas, nem sempre conseguem anulá-los integralmente, pois subsistem na processualidade histórica por meio da resistência no saber-fazer e nos modos de vida de homens e mulheres do campo, perceptíveis nas casas de farinha dos dias atuais.