Submissões Recentes

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representação
(2023) SOUZA, Gustavo Tanus Cesário de
Poema sobre as relações de pesquisa, nas ciências humanas. A voz poética oscila em tomar o ponto de vista do objeto, que é sua própria realidade, e a do estudante que está. Nas duas perspectivas são percebidas várias questões sobre a representação, em que se elaboram críticas sobre a academia.
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O educador contemporâneo: o ensinar como princípio social
(2023) MOMETTI, Carlos; PAGOTTO-EUZEBIO, Marcos Sidnei
A Educação na contemporaneidade passa por transformações no que diz respeito a sua conceituação e atribuição de significados. Entender tais transformações e as novas demandas caracteriza-se como um dos papéis dos educadores e dos professores da atualidade, pois a partir deste movimento abrem-se novos caminhos para sua ressignificação e, por que não, reinvenção. Assim, cabe refletir sobre as certezas e incertezas que a nova humanidade digital, um dos aspectos mais significativos da referida mudança, aqui assumida como consequência da reontologização do sujeito contemporâneo, trará para a Educação, analisando tanto o seu contexto histórico como, também, o social. Neste sentido, o presente artigo possui por escopo compartilhar uma sistematização teórica acerca da origem do termo “educador” e dos seus desdobramentos para a Educação na contemporaneidade. Como percurso metodológico para construção da presente reflexão, recorre-se aos textos de Isócrates e da discussão platônica acerca da origem do termo educador e de sua função na sociedade grega, de modo a coadunar no que diz respeito aos aspectos da Educação contemporânea. Para além de uma conclusão, este texto propõe um quadro comparativo entre a atuação do educador no período pós homérico e a sua atuação hoje. Como sugestão para futuras reflexões, traz-se um esboço de pensamento que norteie os pressupostos teóricos da Educação e a necessidade de refletirmos sobre uma nova caracterização ontológica.
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Adeus, tenho que partir...: uma leitura de “Bye Bye, Brasil” e “Iracema Voou”, de Chico Buarque
(2023) CAVALCANTI, Luciano Marcos Dias
A obra musical de Chico Buarque é conhecida pelo caráter interpretativo e crítico do Brasil, desde seu período mais participante das décadas de 1960 e 1970 e hoje, como um cronista arguto das mazelas de nossa sociedade. É possível dizer que em sua obra encontramos uma espécie de síntese das esperanças e desalentos da história recente do Brasil. Nessa perspectiva, esse artigo trabalha duas canções emblemáticas do cancioneiro do compositor carioca: “Bye bye, Brasil” e “Iracema voou”, que buscam interpretar o Brasil, no sentido de desvendar e desmistificar a concepção ufanista, que concebia a nação brasileira como uma pátria paradisíaca, grandiosa e fadada ao sucesso, como se propagou no pensamento romântico em canções de compositores anteriores à sua geração e também no regime militar. Na perspectiva buarquiana o Brasil é cantado de modo a contrapor-se a esse ponto de vista nacionalista ingênuo de seus precursores. Sem distanciar das “coisas do Brasil”, Chico Buarque acompanha as transformações históricas, sociais e culturais do país e nos revela suas desarmonias.
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Epistemologias miúdas: acessando conhecimentos produzidos por crianças
(2023) FERREIRA, Ananda da Luz; CHIARA, Ana Rita Silva Almeida; MARTINS, Herbert Toledo
As pesquisas que envolvem crianças requerem outra postura metodológica de quem as fazem, pois é necessário que a pessoa que realizará a pesquisa compreenda que as crianças são sujeitos, com suas linguagens, que intervém diretamente nos grupos sociais que estão inseridas. Pautada na Sociologia da Infância, este artigo tem por objetivo evidenciar o debate sobre a importância das pesquisas que envolvem crianças considerarem-nas como produtoras de conhecimentos e culturas com impacto direto nos territórios que habitam. Ainda porque, crianças influenciam e são influenciadas pela sociedade, não sendo passivas ao seu meio e, sim, agentes. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico que abarcou a temática. Assim, a partir das discussões apresentadas no texto, pretendemos apresentar o quão é relevante realizarmos pesquisas com e entre as crianças, numa mudança metodológica de ruptura com o adultocentrismo, que se limita às suas reflexões sobre as crianças. É importante realizar pesquisas que considerem os saberes produzidos pelas crianças a partir de escuta ativa das suas vozes e de suas muitas linguagens para não falarmos por elas e sim com elas. Para isso, tecemos um debate sobre infância e criança, no intuito de compreender as singularidades e as pluralidades que suas conceituações carregam. Também, apresentamos a escuta como forma de materialização desse outro fazer epistemológico: a construção de conhecimentos produzidos por gente de pouca idade, gente miúda que precisa ser reconhecida na sua potência.