Navegando por Autor "CORBINIANO, Simone"
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- ItemEducação, racionalidade e formação para os fins humanos(2023) CORBINIANO, SimoneComo desdobramento de pesquisa na área da educação, este artigo tem o objetivo de apresentar questões, conceitos e aspectos de base da razão moderna indispensáveis para a compreensão dos fundamentos racionais da educação. Tomando como base o pensamento de Kant, a razão é atividade única de conhecimento, embora exercendo-se sob dois planos epistemológicos distintos: o teórico e o prático. Na dimensão, teórica a razão funda as possibilidades do sujeito do conhecimento, na dimensão prática a razão se abre ao universo dos fins humanos estabelecendo a condição do homem como um ser ético, moral. Ambos os interesses da razão são indispensáveis ao sentido da natureza racional e, consequentemente, ao sentido da educação. O ser humano nasce com a disposição para o entendimento e a moralidade, todavia, ambas disposições não se concretizam senão à medida que o ser humano entra em contato com a cultura, sendo, então, formado, educado. A obra kantiana marca a educação moderna pela necessidade de tornar o homem mais esclarecido possível como ser de conhecimento e ação. Afirmar que é da convergência dos dois interesses da razão – o prático e o teórico – que se pode conceber o sujeito autônomo no sentido vigoroso do termo, significa, ao mesmo tempo, afirmar que o esclarecimento passa pela questão do conhecimento mediante conceitos, passa pela formação da capacidade de pensar e pela valorização da formação ético-política. Estes fatores juntos se constituem nos maiores esforços da educação que se possa afirmar crítica e ratificadora da liberdade.
- ItemImaginação, racionalidade e educação: bases da criação e do conhecimento(2022) CORBINIANO, SimoneRefletir acerca da imaginação significa pensar o próprio problema da vida criadora. Sob a perspectiva contemporânea significa ainda discutir a permanente elaboração de um novo psiquismo no qual o espírito se dispõe à abertura, ao conhecimento, que ao final é sempre um autoconhecimento. Resultante de pesquisa na área da Educação – tendo como referencial teórico-metodológico a Filosofia – este artigo propõe-se a estudar as bases conceituais da imaginação na modernidade e sua importância para a educação. Diferente do pensamento da ciência clássica, que compreende a imaginação como representação de um objeto percebido, o filósofo francês Bachelard a compreende no sentido oposto à formalização lógico-empírica da imagem, haja vista que para ele a imaginação se apresenta como instância das imagens que ultrapassam a realidade. A imaginação tem grande relevância na formação humana e na educação escolar, sendo um fator ativo de transformações que participa tanto da esfera da liberdade e da criação quanto do plano epistemológico do conhecimento e da ciência, planos esses que, embora de modos diferentes, se relacionam em seu ponto de partida com a imaginação e a fertilidade das imagens primordiais. Pode-se dizer que na educação, como em toda atividade humana, a realidade imaginária é evocada antes de ser descrita, pondo em questão o vigor da criação, o reencontro com a juventude da imaginação ativa. A natureza livre e dinâmica da imaginação é indispensável para a formação comprometida com o alargamento do espírito, cujo princípio é a livre invenção do espírito humano.