Navegando por Autor "CASSANA, Mônica Ferreira"
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- ItemHomossexualidades em discurso: o silêncio como causa do apagamento de grupos sociais(2018) CASSANA, Mônica Ferreira; ROSA, Bruno Rosa da; BOLSAN, Gilmar Júnior FerrazEste trabalho tem como propósito apresentar uma discussão sobre o silêncio como agente responsável pelo apagamento da luta e (re)existência de grupos sociais LGBTQ+, perseguidos pelo regime militar no Brasil sob a alegação de serem considerados “desviantes” das normas de comportamento vigentes na época. Como respaldo teórico, nos utilizamos das reflexões teóricas sobre silêncio e discurso, fundamentadas por Eni Orlandi (2007). Entendemos que esta pesquisa colabora com a necessidade de pensar a noção de homossexualidade articulada ao discurso, contribuindo para a compreensão do silenciamento da discussão sobre essa temática. Assim, objetivamos analisar a relevância social de um jornal que se opunha à ideologia repressiva de um governo militar nos anos 70 e 80, instaurado no Brasil. Em abordagens tradicionais, nas ciências da linguagem, dá-se ao silêncio uma condição negativa ao ser considerado apenas falta de palavras. No entanto, Orlandi refere-se a ele como algo que não é a sombra do verbal, não é o vazio: é algo que significa. A partir dessas questões, refletiremos sobre a relação entre discurso e silêncio em relação à homossexualidade, hipótese que defendemos ainda se perpetuar na contemporaneidade em nosso país. Para tanto, analisamos o artigo “As palavras: para que temê-las?”, encontrado no jornal, destinado à discussão da homossexualidade, intitulado Lampião da Esquina, a partir do qual refletimos acerca dos efeitos de sentido que são produzidos quando escolhemos determinadas terminações para designar os sujeitos homossexuais.
- ItemLíngua, discurso e gênero: uma análise em contraponto(2018) CASSANA, Mônica FerreiraNeste artigo, procuramos compreender como o discurso dos sujeitos transexuais está sendo significado, atravessado por saberes que rompem com a lógica disjuntiva da língua, isto é, relaciono à impossibilidade de a língua tudo nomear. Nossa hipótese é de que esses sujeitos – seu corpo e seu discurso – estão submetidos a uma coerção de ordem ideológica, uma vez que estão submetidos às injunções de um discurso dominante, que conduz, historicamente, tais sujeitos à margem. Em uma tentativa de aproximação entre as teorias de gênero (BUTLER, 2015) e Análise de Discurso de linha francesa, fundamentada por Michel Pêcheux, sobretudo a partir de 1975, procuramos entender como o processo de identidade de gênero é discursivizado por esses sujeitos, através da análise de seu discurso. Como metodologia de análise, apresentaremos duas sequências discursivas que são formadas por discursos de sujeitos transexuais e que revelam a constituição da identidade de gênero, formando um gesto de resistência em relação ao discurso dominante que teima colocar esses sujeitos em um outro lugar. Como um efeito de conclusão, entendemos que, ainda que esse discurso esteja submetido à ideologia e mantenha o corpo do sujeito transexual relegado à margem da significação, tais sujeitos encontram meios – discursivos – de (res)significar seus corpos e sua condição identitária.