Navegando por Autor "ANTUNES, José Luiz Cordeiro"
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- ItemAno passado eu morri, mas esse ano eu não morro!(2021) TIRIBA, Lia; RODRIGUES, Maria Cristina Paulo; ANTUNES, José Luiz CordeiroEsta frase é parte da música Sujeito de Sorte, composta por Belchior no ano de 1976, num álbum chamado Alucinação – o que expressa bem os sentimentos que tomavam grande parte da sociedade brasileira naquele duro contexto da nossa história. Reproduzida pelo rapper paulistano Emicida, em 2019, numa das faixas do seu disco AmarElo2, antecipava, sem saber, o ano que viveríamos a seguir.A partir dela, então, é que iniciamos nossas reflexões neste primeiro número da Revista Trabalho Necessário do ano de 2021. E o fazemos porque a música traz em si, dialeticamente, uma denúncia e um anúncio: morremos em 2020. Mas não morreremos agora.
- ItemNa minha terra gira o sol, também gira a lua: ô, que tempo é esse, meu deus?(2021) TIRIBA, Lia; RODRIGUES, Maria Cristina Paulo; ANTUNES, José Luiz CordeiroNo momento que este editorial está sendo escrito, quase quinhentos mil brasileiros/as negros/as, indígenas, brancos, quase-brancos (como diria Caetano), quilombolas, ribeirinhos/as, mulheres, de mil e uma cores, com seus sonhos e desejos pulsantes, tiveram suas vidas ameaçada e ceifadas. Pela covid-19, mas também pela impossibilidade de atendimento para inúmeras outras doenças, consequência do descaso com a saúde pública e com o SUS.
- ItemOpressores, oprimidos e contradições entre trabalho e capital(2021) TIRIBA, Lia; RODRIGUES, Maria Cristina Paulo; ANTUNES, José Luiz CordeiroPublicado pela primeira vez no ano de 1970, o livro Pedagogia do Oprimido[1] é um convite para que as pessoas do povo, ou seja, para que mulheres e homens trabalhadores e seus filhos rompam com a cultura do silêncio. Freire indica a educação bancária como elemento de manipulação, de invasão cultural e, portanto, instrumento da opressão de uma classe sobre outra. Considerando a existência de relação dialógica entre opressor e oprimido, para os primeiros, o “que vale é ter mais e cada vez mais”; assim “ser, para eles, é ter, ter como classe que tem” - questão esta que implica para os oprimidos ter menos ou nada ter. (FREIRE, 1974, p. 49). Em Educação como prática da liberdade[2], publicado em 1967, advertia que “não há educação fora da sociedade humana e não há homem no vazio” (FREIRE, 1970, p. 45); daí, ser a busca de um homem-sujeito que é parte integrante de uma sociedade igualitária, que também é sujeito. É essa sociedade que queremos construir! [1] FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1974. [2] FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 1967.