Navegando por Autor "ALVES, Luciana Pires"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemA escuta na pesquisa-ação: entrelaçando brincar e educação para as relações étnico-raciais(2023) ALVES, Luciana Pires; NOGUERA, RenatoEste artigo propõe a reflexão sobre a esfera do brincar como lugar de estar e de afecção pelas diferentes infâncias presentes nos espaços de pesquisa com crianças. Aqui, relataremos os “achados/inventados” em nossos trabalhos de escuta como exercício ético e estético de alteridade numa constante produção de sentidos, na qual inventamos o que encontramos. Escutar as crianças como metodologia de pesquisa requer, entre outras atitudes, um duplo exercício de esvaziamento de si para voltar a atenção ao outro e a retomada da própria infância do adulto que pesquisa, uma vez que a criança que fomos é acionada pelos encontros com as infâncias com as quais pesquisamos. Há, ainda, a tensão entre o maravilhamento produzido pela singularidade do olhar infantil e a necessária intervenção quando são reproduzidos os preconceitos e as demais formas de violência. Tomamos a brincadeira não como uma matéria-prima para uma produção futura, mas como meio de acesso e permanência no estado larvar do vivente. O percurso narrativo e reflexivo do texto se faz pela diferenciação da esfera brincante dos exercícios de violência que procuram instrumentalizar a ludicidade, o fazemos a partir da análise de alguns dos aspectos biológicos, filosóficos e subjetivos do brincar. Defendemos uma educação antirracista em ato desde a infância, como as situações de intervenção na pesquisa com crianças de 4 e 5 anos no espaço escolar. Por fim, buscamos ancorar nosso esperançar no projeto benjaminiano de uma filosofia por vir que se nutre do investimento potente no gesto infantil de fazer o novo mais uma vez.
- ItemAs diferentes infâncias que habitam a escola: brincadeiras, territórios e a importância da escola no acolhimento de crianças em situação de imigração na escola pública(2021) MENDES, Leila de Carvalho; ALVES, Luciana Pires; SOUZA, Kelly Cristina Russo deNeste artigo apresentamos reflexões a partir de um estudo de caso realizado em uma escola pública municipal de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Entre agosto e dezembro de 2019, foram realizadas oficinas pedagógicas com crianças brasileiras e crianças em situação de imigração matriculadas no 1º segmento do Ensino Fundamental, quando procuramos ouvir as vozes das crianças e conhecer suas percepções sobre o processo de acolhimento de crianças e famílias em situação de imigração na escola pública. Adotamos a perspectiva intercultural como mobilizadora de nossas reflexões teóricas e intervenções práticas, e compreendemos a cultura da infância em sua dinâmica interpretativa e o brincar como um campo aberto atravessado pelos fenômenos transicionais. Neste artigo, discutimos a respeito de como o processo de imigração implica a invenção de novos lugares com os sentidos e sentimentos trazidos de outros lugares: a brincadeira como via de produção de multiterritorialidades. Também observamos, como resultado da pesquisa, a importância de se conhecer as interpretações e construções das crianças, de envolvê-las no debate e no enfrentamento dos dilemas do tempo presente, como a necessária adoção de uma política linguística que valorize as línguas maternas como possibilidade e potência de recriação constante da escola pública brasileira.
- ItemDiálogos extemporâneos no cotidiano escolar: a pesquisa com as crianças(2012) ALVES, Luciana PiresInjustices Cognitive Research:giving new meaning to the of cognition, learning and knowledge in the school routine, which we have been developing since January 2008, at the Municipal SchoolAna Nery - SME-D, de Caxias / RJ, seeks to investigate the production of knowledge about reading and writing by children of the the working classes considered by the school as having "learning difficulties". The children with whom we surveyed live on the periphery of the periphery: the neighborhood of Jardim Gramacho -landfill located in the municipality of Duque de Caxias and surrounded by slums. Most families have at the dump their source of income. We discuss the operative logic of children in their daily relationships, taking for granted the assumption of Boaventura deSousa Santos that social injustice is directly related to "cognitiveinjustice." The use of this concept led us to think in school settings: to what extent the concept of cognition with the school work isimbued with the dynamic tools of cognition, limiting the field of action of teaching practices, it disregards the possibilities of invention and problematization? What emerges when we look forfracturing the discourse of "learning difficulties" and how these can be "read" from the perspective of cognitive injustice? Instigated bythese issues, we investigate the formulation of new possibilities foreducational activities from reviewing school-expansionof the concept of cognition, linking it to a political-epistemologicalperspective founded on the concept of "cognitive injustice."